A vida amorosa da herdeira da gigante sul coreana Samsung poderia facilmente se transformar em roteiro para os cinemas. Lee Boo-jin, conhecida como a "princesa da Samsung", foi contra a tradição familiar e concretizou um relacionamento com seu próprio guarda-costas, por quem estava apaixonada, e viria a casar mais tarde.

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Im Woo Jae era funcionário de uma afiliada de serviços de segurança do Grupo Samsung. Eles teriam se conhecido em um evento voluntário e se apaixonaram, se casando em 1999. Ele era visto como um par incomum para alguém da família mais poderosa do país.

Nascida em Seul, ela é filha de Lee Kun-hee, falecido presidente da Samsung, filho do fundador da empresa. Ela se formou na Escola Secundária de Língua Estrangeira Daewon e graduou-se em Estudos Infantis na Universidade Yonsei.

Apesar da luta do pai para que Lee conhecesse outros pretendentes de famílias nobres, a jovem herdeira insistiu no “romance proibido” por quatro anos, até conseguir a benção do pai para se casar com Im Woo Jae. Após a cerimônia, o homem ficou conhecido na imprensa sul-coreana como “Sr. Cinderela”, em referência ao filme da Disney.

Inserido em uma das mais poderosas famílias da Coreia do Sul, Im Woo Jae foi mandado para os Estados Unidos para cursar um MBA no MIT, uma das universidades mais conceituadas do mundo. Mas, o rapaz nunca se adaptou à vida no ocidente, e Boo-jin precisou lidar com o pai para que eles pudessem voltar à Coreia.

Ao voltar ao país, Im Woo Jae foi contratado pela Samsung para atuar como vice-presidente sênior da equipe de planejamento da Samsung Electro-Mechanics em 2005, sendo promovido a vice-presidente executivo em 2009 e vice-presidente em 2011.

O casal teve um filho juntos, mas a relação começou a estremecer quando Im Woo Jae passou a estampar as páginas de tabloides sul-coreanos que delatavam a presença dele em festas regadas à álcool. Não demorou muito para os boatos de traição tomarem conta de Seul.

Após anos de instabilidade no relacionamento, Lee Boo-jin resolveu pedir o divórcio em 2014, em um processo que se arrastou por cinco anos nos tribunais do país. Dois anos depois, o ex-guarda-costas chegou a fazer um pedido para receber pensão alimentícia e definir a divisão de bens na casa de 1,2 trilhão de wons (cerca de R$ 3 bilhões).

O pedido foi negado pela Justiça, que decidiu que Lee Boo-jin ficaria com a guarda do filho do casal e deveria pagar 8,6 bilhões de wons (cerca de R$ 32 milhões). Durante o processo, o homem também deixou o trabalho na Samsung em 2017 e passou a cumprir uma função simbólica na empresa.