Brasil
Jogador depõe por 8 horas sobre morte de estudante após ato sexual; advogado critica atendimento do Samu
Dilmas disse ter feito massagem cardíaca na jovem e entregou celular para a polícia
O jogador do sub-20 do Corinthians, Dimas Candido de Oliveira Filho, de 18 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira durante mais de oito horas sobre a morte de Lívia Gabrielle da Silva Matos, de 19. Lívia morreu no dia 30 de janeiro em Tatuapé, São Paulo, após ter relações sexuais com Dimas no apartamento do rapaz. O atestado de óbito apontou uma ruptura na região genital como a causa da morte da jovem. O documento cita que houve "rutura (sinônimo de ruptura) de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda" — saco de Douglas é o nome dado a uma região que fica entre o útero e o reto.
Atestado de óbito: lesão na região genital causou morte de jovem após encontro com jogador
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Dilmas voltou da Paraíba, onde estava desde o dia seguinte à morte de Lívia, para depor na 5ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), em Tatuapé. O advogado do atleta, Tiago Lenoir, disse ao jornal "Folha de São Paulo" que Dilmas entregou à polícia o celular onde mantinha conversas com a jovem.
De acordo com reportagem da CNN Brasil, enquanto aguardava o resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Dimas alegou que realizou massagens cardíacas para tentar reanimar a jovem durante 21 minutos. Ainda de acordo com a reportagem, o advogado questiona a conduta do serviço prestado pelo SAMU e revelou que a vítima precisou ser transportada no elevador do condomínio sem o uso de uma maca, envolta em uma manta e que acabou caindo no chão antes de ser colocada na ambulância.
“Eles colocaram ela em um cobertor, em um pano, e desceram com ela até a ambulância do SAMU. Nesse intervalo houve uma série de problemas no elevador. A maca também não subiu até o apartamento. Saíram com ela nesse pano, nesse intervalo ela chega a cair”, descreveu o advogado.
Com um forte sangramento na região íntima, Lívia foi levada ao pronto-socorro, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A CNN teve acesso a conversas atribuídas a funcionários do SAMU que teriam participado da ocorrência. Nos diálogos, eles relatam a dificuldade em acessar a unidade ocupada pelo jogador. Em nota ao portal, o SAMU disse que “o caso está sob investigação policial e que permanece à disposição das autoridades de segurança.”
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