Internacional
Ministro das Relações Exteriores francês rejeita 'deslocamento forçado' de moradores de Gaza para o Egito
Stephane Sejourne também falou sobre o desejo da França 'de um cessar-fogo humanitário em Gaza e de reiniciar as negociações para uma solução de dois Estados'
No início da sua primeira viagem ao Oriente Médio como ministro das Relações Exteriores da França, Stephane Sejourne dirigiu-se ao ministro das Relações Exteriores egípcio Sameh Shoukry numa conferência de imprensa conjunta, neste domingo (4), reconhecendo a preocupação de Cairo "com o deslocamento forçado para o seu território".
— Compreendemos perfeitamente estas preocupações e, neste ponto, a posição da França permanece a mesma: condenamos e rejeitaremos qualquer ação tomada neste sentido — continuou.
Enquanto os mediadores do Catar e do Egito pressionam para selar um acordo de trégua entre Israel e Hamas em Gaza, Paris procura garantir "um cessar-fogo, mas também preparar-se para o regresso da Autoridade Palestina a Gaza", disse Sejourne. Desde 2007, o Hamas e a Autoridade Palestina lideram governos rivais, com esta última a governar partes da Cisjordânia ocupada sob o presidente Mahmud Abbas.
O Egito alerta desde outubro do último ano contra uma "transferência forçada" de habitantes de Gaza para a Península do Sinai e mantém a sua fronteira efetivamente fechada, já que mais de metade da população de Gaza procura segurança na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, segundo a ONU.
Israel colocou a cidade fronteiriça como seu próximo alvo em sua campanha para eliminar os militantes do Hamas, que em 7 de outubro lançaram um ataque sem precedentes que resultou na morte de cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar massiva que matou pelo menos 27.365 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Sejourne disse que disse ao presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, neste domingo, sobre o desejo da França "de um cessar-fogo humanitário em Gaza e de reiniciar as negociações para uma solução de dois Estados", de acordo com uma postagem nas redes sociais.
Questionado sobre os planos da França para reconhecer um Estado palestino, o ministro disse que a medida marcaria “a finalização de um processo político”. Esse processo, disse ele, “deve levar a isso, essa é a lógica”.
— A questão toda é quando, em que momento e em que condições —, continuou ele, acrescentando que Gaza seria “ligada ao futuro Estado palestino”.
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