Como esperado, o presidente dos EUA, Joe Biden, venceu a primária democrata da Carolina do Sul, a primeira do atual ciclo eleitoral, e agora espera a consolidação dos resultados para saber se a votação será um elemento a mais de incentivo para sua campanha ou se poderá acender sinais de alerta. A vitória foi projetada pelos principais veículos de imprensa minutos depois do fechamento das urnas.

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Apesar da Carolina do Norte não ser um local onde os democratas têm bom desempenho nas eleições gerais — a última vitória do partido ali foi em 1976 —, a diversidade populacional, com um número elevado de eleitores negros, era apontada como uma espécie de termômetro para a popularidade de Biden, que enfrenta problemas com setores que lhe deram a vitória em 2020, como os jovens e minorias como os árabe-americanos.

Nas primárias de 2020, quando concorria com outros candidatos competitivos, Biden venceu em todos os condados da Carolina do Sul, e contou com 61% dos votos dos afro-americanos. Agora, ele apenas cumpriu uma espécie de norma, a de que os candidatos à reeleição raramente sofrem algum tipo de desafio mais complexo nas primárias.

Logo depois das projeções lhe darem a vitória e ao menos 43 delegados na Convenção Nacional que deve lhe oficializar como o candidato à reeleição, Biden emitiu um comunicado com ataques diretos a Donald Trump, uma estratégia que vem se mostrando cada vez mais presente em discursos de campanha.

"Em 2024, o povo da Carolina do Sul falou novamente, e não tenho dúvidas de que vocês nos colocaram no caminho para ganhar a Presidência novamente, e fazer Donald Trump um perdedor novamente", escreveu Biden. "Há vozes extremas e perigosas no país, lideradas por Donald Trump, que estão determinadas a dividir nossa nação e nos fazer retroceder. Não podemos deixar isso acontecer."

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Além dos números finais, há expectativa pelo destino dos demais candidatos democratas na disputa, Marianne Williamson e Dean Phillips, que nos momentos iniciais da contagem não chegavam a 2% dos votos. Até o fechamento das urnas, nenhum deles indicou se desistiria ou não. A próxima primária democrata será em Nevada, na terça-feira.