Cidades
Pinto da Madrugada arrasta 500 mil pessoas ao som do hino de Alagoas em ritmo de frevo
O bloco levou para a avenida Cortejo cultural com 500 representantes de grupos da cultura popular do Coco de roda, Guerreiro, Afoxé, Guerreiro e Fandango

O Pinto da Madrugada superou suas próprias expectativas no desfile deste sábado, 3, e arrastou pela orla de Maceió, sob o Hino de Alagoas em ritmo de frevo, mais de 500 mil pessoas entre gente da terra e turistas. “Foi um desfile apoteótico”, definiu Braga Lyra, um dos fundadores do bloco, patrimônio imaterial da cultural alagoana e o maior do estado e o quarto do Brasil, que este ano celebra suas bodas de prata.
O bloco levou para a avenida o tradicional carro da Pintoca, batizado de Fátima Menezes, com bandeiras de todos os municípios alagoanos, uma alegoria que traduz o tema do bloco, “Alagoas, meu lugar; Maceió, minha sereia”. Foram 16 orquestras no chão, mais de mil músicos de todas as regiões do estado, os bonecos gigantes e o cortejo cultural com 500 representantes da cultura popular, como Coco de Roda, Guerreiro e Fandango, puxados pelo Balé Folclórico de Alagoas Transart.
“Não é apenas um bloco de carnaval, é a própria cultura entrando na avenida”, destacou o fundador do bloco, citando que celebraram com o Pinto da Madrugada esse momento, o Mestre Vavá, do Fandango, a Mestra Zeza, do Coco de Roda, seu Procópio, Ana Paula Rocha Lins (Taieira Nair da Bertina), Edivar Vicente Feitosa e João Victor Lemos Viana, do Guerreiro Treme Terra, do Pilar, Rafael dos Santos de Oliveira (Guerreiro da Viçosa), e Cícera Leite Paz de Freitas, do Reisado do Bananal.

Segundo Braga Lyra, “O Pinto da Madrugada é um instrumento de crescimento da nossa cultura, das nossas tradições, que ajuda a fortalecer a identidade alagoana”, acrescentando que o bloco gera cultura, alegria e renda. “Em um mês de preparação para o nosso desfile, movimentamos o comércio, a rede hoteleira, os bares e restaurantes”, enfatizou, lembrando estudo de Elder Maia, do Observatório da Economia Criativa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que aponta um movimento de 120 milhões no segmento da economia criativa do estado em função do bloco.
“Em nome dos fundadores, Eduardo Lyra e Marcos Davi, e em memória de Marcial Lima e Maestrina Fátima Menezes, queremos agradecer a essa multidão que todos os anos dança o frevo, se veste de fantasias, traz cor à avenida das prévias, e nos acompanha no frevo e na história do nosso bloco, aos alagoanos de todas as regiões do estado e aos turistas de fora que se encantam e reverenciam o Pinto da Madrugada”, afirmou Braga Lyra, brindando aos 25 anos do bloco agora em 2024.
O desfile do Pinto da Madrugada foi transmitido por todas as TVs abertas de Maceió, com flashes para o noticiário nacional, rádios locais e redes sociais.

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