Cidades

Juventude se frustra com proibição de paredões de som nas prévias carnavalescas em Palmeira

Vereador Toninho Garrote teve indicação aprovada por unanimidade em 2017 para que prefeito autorizasse o uso no carnaval

Redação 03/02/2024
Juventude se frustra com proibição de paredões de som nas prévias carnavalescas em Palmeira

Em Palmeira dos Índios, a proibição dos tradicionais paredões de som nas festividades que antecedem o Carnaval tem causado descontentamento entre a juventude da cidade. Esses poderosos sistemas de som, montados em reboques de carros e caminhonetes, são a alma das festas para muitos jovens, proporcionando um espaço de diversão e dança tanto na zona urbana quanto na rural.

Este ano, o início das prévias carnavalescas em Palmeira dos Índios foi marcado por um tom de desânimo entre os foliões mais jovens, que foram às redes sociais expressar sua insatisfação com a ausência dos paredões. A geração atual, que encontra alegria e identidade ao ritmo dessas estruturas sonoras, sente falta dessa forma de expressão cultural e de liberdade durante o Carnaval.

Antenado com as demandas da juventude, o vereador Toninho Garrote tomou a iniciativa em fevereiro de 2017, apresentando uma indicação à Câmara Municipal que apelava ao prefeito Júlio Cezar da Silva pela liberação do uso dos paredões de som durante o percurso dos blocos carnavalescos. A proposta de Garrote, apesar de ter sido aprovada por unanimidade na época, ainda aguarda ação do executivo municipal, deixando um vácuo nas comemorações que ressoa até hoje.

Antenado com a juventude, o vereador Toninho Garrote fez uma indicação em fevereiro de 2017 pedindo ao prefeito a adoção de medidas para a utilização dos paredões no percurso dos blocos carnavalescos
Antenado com a juventude, o vereador Toninho Garrote fez uma indicação em fevereiro de 2017 pedindo ao prefeito a adoção de medidas para a utilização dos paredões no percurso dos blocos carnavalescos

A indicação Nº 007/2017 argumentava que os sons automotivos e paredões de som ofereceriam entretenimento nos momentos sem a presença do trio elétrico, garantindo que a festa continue vibrante por todo o percurso. No entanto, seis anos se passaram e a juventude de Palmeira dos Índios ainda aguarda uma resolução que atenda a esse pedido.


A proibição atual dos paredões nas festas de Carnaval (através de um TAC com o Ministério Público) não só impacta a tradição local de celebração, mas também gera questionamentos sobre a inclusão das preferências culturais da juventude no espaço público. Os jovens, fundamentais para a continuidade das festas carnavalescas, buscam reconhecimento e espaço para suas formas de diversão, ressaltando a importância de adaptar as regulamentações às mudanças culturais e geracionais.

A discussão em torno dos paredões de som em Palmeira dos Índios transcende a questão do barulho, tocando em pontos cruciais como a expressão da identidade jovem, a inclusão cultural e a necessidade de políticas públicas que reflitam a diversidade de suas populações. Resta saber se os próximos Carnavais verão uma Palmeira dos Índios onde todos os ritmos e gerações possam celebrar juntos, em harmonia e com a alegria que a festa mais popular do Brasil merece.