Internacional
EUA aprovam plano para eliminar alvos do Irã na Síria e no Iraque, dizem fontes de segurança
Fontes ouvidas pela rede americana CBS News apontaram que planos do Pentágono já foram traçados; condições climáticas teriam peso importante ao definir momento da ofensiva
Os Estados Unidos aprovaram um plano para eliminação de alvos iranianos na Síria e no Iraque, em retaliação ao ataque aéreo que matou três soldados americanos na Jordânia. A informação foi confirmada por autoridades americanas à CBS News, nesta quinta-feira, mesmo dia em que fontes de inteligência ocidentais apontaram para uma retirada de oficiais iranianos de países vizinhos, em precaução às ações de Washington.
Entenda: Irã reduz efetivo em países vizinhos e sinaliza recuo após morte de soldados dos EUA, aponta inteligência ocidental
Relembre: Base confundiu drone inimigo com arma de seu próprio arsenal no ataque que matou soldados americanos na Jordânia
De acordo com a fonte ouvida pela rede americana, o plano aprovado consiste em uma série de ataques contra alvos na Síria e no Iraque que possuem ligação com o Irã. O dia e horário, bem como o local exato de cada bombardeio será definido a partir das condições meteorológicas — embora não tenha detalhado os equipamentos que serão utilizados, a fonte afirmou que uma "visibilidade melhor" era desejável, para reduzir o risco de atingir civis.
Mais cedo, fontes de inteligência ocidentais afirmaram que o Irã começou a retirar parte do efetivo que mantém em países vizinhos e a adotar precauções para não se tornar alvo das forças de Israel e do Ocidente. oficiais ouvidos pela agência de notícias britânica Reuters afirmaram que a Guarda Revolucionária chamou de volta a Teerã seus oficiais de maior patente na Síria, para evitar perdas em ataques aéreos de Israel na região.
Ainda de acordo com as mesmas fontes, grupos xiitas em outros países também devem perder seus reforços iranianos diante da preocupação com possíveis represálias. Partes de informações creditadas à inteligência dos EUA, citadas por oficiais à rede CNN, apontam que a liderança política do Irã acendeu um alerta após o ataque na Jordânia, mas que esta não seria a única preocupação. Outra questão no radar seria a continuidade dos ataques promovidos pelos houthis do Iêmen contra navios no Mar Vermelho — atualmente combatidos por uma coalizão internacional liderada pelos EUA.
Visto como principal articulador e fornecedor de armamento para uma série de grupos paramilitares que atuam em países da região, como o Hamas, em Gaza, e os houthis, no Iêmen. O regime dos aiatolás realizou atividades militares em meio à crise regional provocada pela guerra em Gaza, com bombardeios a posições inimigas na Síria, Iraque e Paquistão, apenas neste mês. O ataque contra a base na Jordânia, contudo, foi creditado pelas própria autoridades americanas à Resistência Islâmica no Iraque, um grupo de milícias pró-Irã apoiado por Teerã no país vizinho.
Comandantes norte-americanos afirmaram que o ataque que provocou a morte dos soldados na Torre 22, posto avançado na fronteira da Jordânia com a Síria, só foi possível porque houve uma falha no reconhecimento de um drone inimigo, confundido com uma arma aliada que estaria regressando à base no mesmo momento. A dúvida causou atrasos na ativação dos sistemas de defesa.
Tanto o presidente americano, Joe Biden, quanto autoridades do primeiro escalão do governo americano prometeram retaliar do modo que julgassem necessário, mas até então havia dúvida sobre o cálculo estratégico a ser feito. Biden declarou recentemente que não queria uma guerra direta com o Irã, o que afastava a possibilidade de uma violação do território do país.
Ontem, o general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária, afirmou que o Irã não deixaria nenhuma ameaça sem resposta, considerando declarações recentes de Biden e seu Gabinete como "palavras ameaçadoras". Contudo, tanto fontes de inteligência quanto as declarações públicas de autoridades do regime apontam para um caminho longe de um embate direto. (Com AFP e NYT).
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