As Forças Armadas de Israel confirmaram, nesta terça-feira, que começaram a inundar túneis escavados pelo Hamas na Faixa de Gaza, para destruir ou inutilizar o que foi apontado por analistas militares como a principal capacidade ofensiva do grupo terrorista islâmico na guerra dentro do enclave palestino.

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A inundação de instalações subterrâneas utilizadas pelo Hamas já vinha sendo discutida há meses entre militares israelenses. O método seria considerado eficaz para destruir a infraestrutura inimiga e forçar células ocultas de combatentes a se revelarem no campo de batalha, mas analistas apontaram, ao longo dos meses, que a estratégia traria possíveis danos civis importantes — primeiramente, aos próprios reféns, que provavelmente estão sendo mantidos embaixo da terra, e depois às reservas de água doce do enclave.

Especialistas citados pelo Wall Street Journal alertaram que bombear água — provavelmente salgada — nos túneis seria um risco para os aquíferos, ou aos lençóis freáticos, em Gaza. Em circunstâncias normais, a água da chuva tende a infiltrar-se naturalmente no solo e chegar a esses aquíferos, para então ser bombeada e usada como água potável. Mas autoridades apontam que os níveis do aquífero caíram e a água salgada contaminou parte do que restava. A qualidade piorou devido ao esgoto e o escoamento de produtos químicos usados em culturas agrícolas.

Ainda de acordo com as informações oficiais do Exército, o método está sendo utilizado apenas em túneis localizados em áreas seguras para esse tipo de ação, sem prejudicar os aquíferos, que em sua maioria estão localizados perto da costa do Mar Mediterrâneo.

Equipamentos como bombas e encanamentos já foram levados pelas tropas israelenses à Gaza.