O ator Fabiano Augusto, de 48 anos, tem um rosto familiar para milhões de brasileiros. Isso porque ele foi o garoto-propaganda de uma varejista do país, entre os anos 2002 e 2006, e fez sucesso com um bordão icônico: "quer pagar quanto?". A carreira de Fabiano na publicidade começou, aos 15 anos, quando ele fez o primeiro comercial para o McDonald’s, na peça ele era um atendente da loja, típico adolescente 'nerd', como ele disse em uma entrevista à Veja.

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Apesar da certeza de querer seguir carreira no teatro desde os 13 anos e por ter se formado como ator no Célia Helena Centro de Artes e Educação aos 17, por exigência dos país, Fabiano se graduou também em Publicidade, Propaganda e Rádio e TV. Na época da faculdade, trabalhou em uma livraria para pagar a as despesas com educação.

'Quer pagar quanto?'

Fabiano foi chamado para participar de um programa adolescente, o "Turma da Cultura" com outros quatro apresentadores. Junto com a empreitada, ele participou de duas peças de teatro e logo depois veio o teste para o comercial das Casas Bahia. Ele contou à Veja que a audição duraria cerca de três minutos e que precisava do dinheiro, pois tinha acabado de deixar o programa na TV. No início, o personagem era tímido e depois foi ganhando confiança para ousar conforme observava as técnicas de 'vendedores clássicos', como feirantes e camelôs.

"Era uma época que tinha filme novo todo dia porque cada dia aparecia uma promoção diferente. Eu ficava às vezes 20 horas em estúdio. Tinha um hotelzinho ao lado do estúdio. Eu já dormia lá, nem voltava para minha casa. Começou a ficar muito cansativo. Em 2006, mudou o diretor de marketing da Casas Bahia. Eles queriam ideias diferentes e eu saí fora. Eu estava muito cansado mesmo. Eu tinha abandonado a carreira de ator. Perdi a intimidade comigo mesmo", contou Fabiano à Veja.

Mais recentemente, o nome de Fabiano voltou aos noticiários quando ele postou, sem muita pretensão, uma foto ao lado do então namorado. Passados cinco de sua "saída do armário", o ator avalia o episódio como a melhor coisa que fez.

“Estava completando 12 anos juntos e virou uma coisa, tomou proporção que não esperava. Passado o susto, foi a melhor coisa que fiz, foi importantíssimo para mim, foi libertador”, disse Fabiano ao site "Gay.blog".

Fabiano Augusto também levou para os palcos esse debate. O ator está no elenco da peça "Codinome Daniel", em cartaz em São Paulo, sobre a vida do jornalista e ativista LGBTQIA+ Herbert Daniel, que morreu em 1992:

"“Quando vejo que o LGBTQIA+ vai ser colocado na mesma caixinha, estereotipado, prefiro não fazer. A gente é tão diverso… E atuando em projetos assim, acabamos fazendo um desfavor para nós mesmos.”