Internacional
Irã anuncia lançamento de seu primeiro satélite em órbita elevada: 'novo marco aeroespacial'
De acordo com autoridades iranianas, o equipamento, que pesa cerca de 50 kg, foi colocado em órbita 750 km acima da Terra

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou, neste sábado, o lançamento de um novo satélite de investigação. De acordo com as autoridades, o equipamento foi colocado em uma órbita mais elevada. A ação representa, segundo os iranianos, um "novo marco" para seu programa aeroespacial, fortemente criticado pelos países do Ocidente.
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Os Estados Unidos, como um dos principais opositores ao programa espacial iraniano, alertaram o país contra tais lançamentos. Em suas contestações, os americanos alegam que a mesma tecnologia, de lançamentos em órbitas mais elevadas, pode ser usada para mísseis balísticos, incluindo aqueles capazes de lançar uma ogiva nuclear. Outros governos ocidentais expressaram preocupações semelhantes sobre o programa aeroespacial do Irã.
Em defesa, a república islâmica afirma que os seus lançamentos de satélites e foguetes são apenas para fins civis ou de defesa, negando qualquer ambição de desenvolver as capacidade relacionadas ao uso de armas nucleares.
"O satélite Soraya da Organização Espacial Iraniana foi lançado com sucesso com o transportador de satélites Ghaem-100 do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica", afirma a agência de notícias oficial IRNA. “Esta é a primeira vez que o Irão coloca com sucesso um satélite em órbitas superiores a 500 km”.
Segundo a agência de notícias iraniana, o Ministro das Telecomunicações, Issa Zarepour, afirmou em anúncio que o satélite, que pesa cerca de 50 kg, foi colocado em órbita 750 km acima da Terra.O foguete transportador Ghaem-100, o primeiro lançador de satélites de combustível sólido de três estágios do país, é fabricado pela organização aeroespacial da Guarda Revolucionária.
Embora a capital Teerã tenha enfrentado diversas falhas no lançamento de satélites no passado, a empreitada bem sucedida de seu primeiro satélite militar, o Nour-1, em órbita em Abril de 2020, sofreu forte repreensão por parte dos Estados Unidos.
O país tem estado sob duras sanções dos americanos, desde que o governo Trump retirou-se do acordo histórico formalmente conhecido como Plano de Ação Conjunto Abrangente, em 2018. O JCPOA, na sigla em inglês, concedia ao Irã um alívio das sanções em troca de restrições às suas actividades nucleares. Desde então, Teerã aumentou cada vez mais seu programa nuclear.
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