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Botox funciona? Estudo compara fotos de gêmeas, uma aplicou toxina por 19 anos, outra não; veja imagens
Trabalhos acompanharam irmãs e mostraram que aquela que aplicava a toxina botulínica anualmente desenvolveu menos rugas de expressão a longo prazo

A toxina botulínica, popularmente conhecida pelo nome comercial Botox, é amplamente utilizada pelo mundo como tratamento para prevenir e suavizar as rugas de expressão. A substância age paralisando a ação entre o nervo motor e o músculo no local em que é aplicada, fazendo com que a musculatura deixe de contrair e, consequentemente, pare de criar os vincos na pele.
De acordo com o último relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, da sigla em inglês) a aplicação é o procedimento estético não cirúrgico mais realizado no planeta, responsável por 43,2% do total. Um dos fatores que leva ao alto número de sessões é que o efeito é temporário, desaparece em cerca de três a seis meses.
Por isso, muitas pessoas realizam aplicações periódicas de Botox a longo prazo, para manter a prevenção ativa da formação de rugas. Mas o quão eficiente é essa estratégia? É o que pesquisadores buscaram decifrar da forma mais fiel possível: comparando duas irmãs gêmeas, mas que uma fez o tratamento regularmente, e a outra não.
A primeira análise veio em 2006, quando o dermatologista da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, William Binder, publicou um estudo no periódico Archives of Facial Plastic Surgery em que detalhou os efeitos da neurotoxina nos primeiros 13 anos, quando as irmãs tinham 38 anos.
Desde que começou o tratamento, aos 25, a primeira irmã recebeu a aplicação na testa e na região glabelar (área da face entre as sobrancelhas, logo acima do nariz) aproximadamente de 2 a 3 vezes por ano. Ela também começou a realizar o procedimento nos pés de galinha, porém ao menos duas vezes nos últimos dois anos do acompanhamento de 13.
Em comparação, a segunda irmã aplicou a toxina botulínica somente duas vezes esporádicas, também na testa e na região glabelar, aos 31 e aos 35 anos (7 e 3 anos antes do estudo. Ao analisar as imagens de ambas as gêmeas, o pesquisador escreveu que:
“A documentação fotográfica mostra que a testa hiperfuncional e as linhas glabelares não são evidentes em repouso no gêmeo tratado regularmente. Em contraste, são visíveis no gêmeo minimamente tratados”, concluindo que “o tratamento prolongado com Botox pode prevenir o desenvolvimento de linhas faciais impressas que são visíveis em repouso”.
Veja as fotos:
À esquerda, a gêmea que realizou somente duas sessões de Botox em 13 anos. À direita, gêmea que realizou o procedimento anualmente.
“No gêmeo tratado regularmente, o efeito clínico do Botox foi consistentemente sustentado por pelo menos 6 meses após cada injeção, e a duração do efeito não diminuiu com tratamentos repetidos. A dosagem também permaneceu estável ao longo dos 13 anos de tratamento. Foi relatado na literatura que, em comparação com um único tratamento, as injeções repetidas podem aumentar as taxas de resposta, prolongar a duração da ação e diminuir a incidência de eventos adversos”, continuou Binder.
Em relação ao pé de galinha, o dermatologista apontou que, em repouso, não foram observadas mudanças significativas, o que era esperado devido às poucas aplicações feitas pela primeira gêmea e em pouco tempo. Mesmo assim, destacou que, “quando as gêmeas sorriram, houve uma diferença marcante”.
Seis anos depois, quando as irmãs estavam com 44 anos, Binder e seu colega de pesquisa Alexander Rivkin, também da UCLA, decidiram revisitar os efeitos do Botox. No acompanhamento mais longo, que completou 19 anos, a primeira gêmea continuou com as aplicações de forma regular, enquanto a irmã fez apenas uma nova sessão do procedimento, dois anos antes.
As diferenças nas marcas continuaram significativas, apontaram os pesquisadores, com as linhas não sendo evidentes no caso da irmã que realizou o Botox regular. “Além disso, a textura da pele do gêmeo tratado parece suave com poros pequenos, enquanto a pele do gêmeo tratado esporadicamente mostra sinais de envelhecimento, incluindo mais rugas e poros visíveis”, acrescentaram os pesquisadores.
Veja as fotos do acompanhamento de 19 anos:
Para eles, os novos resultados, publicados na revista científica Dermatologic Surgery, “enfatizam ainda que o tratamento repetido com toxina botulínica continua a diminuir os sinais de envelhecimento facial e atrasa o aparecimento de linhas faciais hiperfuncionais”.
Em relação à possibilidade de outros fatores interferirem na pele das irmãs, eles ressaltaram que nenhuma passou por outros procedimentos de rejuvenescimento e que ambas têm hábitos de cuidados semelhantes.
Além disso, a gêmea que realizou o tratamento esporadicamente vive em Munique, na Alemanha, enquanto a que aplicou o Botox de forma regular mora em Los Angeles, nos EUA. A cidade americana é mais atingida pelo sol, por isso, não faria sentido ela ser a com menos marcas se o motivo fosse a exposição aos raios solares.
“Considerando que a gêmea tratada esporadicamente vive em Munique, na Alemanha, e ambas os gêmeas mantêm hábitos e estilos de vida de proteção solar semelhantes, as diferenças na morfologia da pele não podem ser atribuídas apenas à exposição solar. O uso consistente de toxina botulínica a longo prazo parece ser o principal fator que contribui para a diferença de qualidade estética na pele das gêmeas”, afirmam.
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