Internacional
Organização síria acusa Jordânia por 'massacre' em ataque aéreo contra o sul do país
Bombardeio registrado nesta quinta-feira, atribuído às forças armadas de Amã, teriam por objetivo combater o tráfico de drogas na região; ao menos nove pessoas morreram, segundo organizações e relatos da imprensa

O Observatório Sírio de Direitos Humanos descreveu como "massacre" um ataque aéreo atribuído à Jordânia contra a província de Sweida, perto da fronteira entre os dois países. A operação, que teria ocorrido sob o pretexto de combater o tráfico de drogas, deixou ao menos nove mortos, segundo o monitor de direitos humanos e relatos da imprensa local.
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"Aviões de guerra jordanianos realizaram ataques aéreos mirando áreas residenciais e armazéns na província de Sweida, no sudeste, matando ao menos nove pessoas, incluindo duas meninas e quatro mulheres", comunicou o observatório nesta quinta.
As Forças Armadas da Jordânia têm lançado ataques contra o território sírio, justificando as ofensivas como parte de uma ação abrangente contra o tráfico de drogas e armas na fronteira. A porção sul da Síria é controlada por grupos rebeldes que ainda lutam contra o governo de Bashar al-Assad. Na segunda-feira, o Irã bombardeou a cidade de Idlib — que se tornou uma espécie de capital ao sul —, mencionando como objetivo a eliminação de alvos do Estado Islâmico (EI). Teerã mantém boas relações com o regime de Assad.
Não houve comentários imediatos das autoridades da Jordânia após o ataque desta quinta, mas ministros e militares confirmaram outras operações recentes contra o território sírio. A TV estatal al-Mamlaka noticiou, em 5 de janeiro, dois bombardeios coordenados pela Força Aérea do país em ações de combate ao tráfico.
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Amã também é acusada de estar por trás de um outro ataque recente, em 18 de dezembro, quando cinco pessoas, incluindo uma mulher e duas crianças foram mortas.
Não está claro se a Síria, seja o governo de Assad ou grupos rebeldes que atuam nas regiões atacadas por Irã e Jordânia, pretendem retaliar os bombardeios, que violam o espaço aéreo do país. (Com AFP)
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