Internacional
Irã abre processo contra duas jornalistas por não usarem véu ao saírem da prisão
Elas foram condenadas por colaboração com os Estados Unidos, conspiração contra a segurança do país e por propaganda contra a República Islâmica

O sistema judicial iraniano anunciou, nesta segunda-feira (15), que abrirá novos processos judiciais contra duas jornalistas que apareceram na véspera sem véu, ao serem libertadas após mais de um ano de prisão.
Nas imagens difundidas nas redes sociais no domingo, Niloufar Hamedi, de 31 anos, e Elaheh Mohammadi, de 36, são vistas posando sem véu na saída da prisão de Evin, em Teerã, onde ficaram detidas durante quase 17 meses, por terem contribuído para revelar publicamente a morte na detenção de Mahsa Amini em 2022.
"Uma nova denúncia foi apresentada ao tribunal revolucionário de Teerã" contra as duas repórteres, "após a publicação das fotos reveladas", e levará a ações judiciais, anunciou a agência judicial Mizan Online.
As duas jornalistas foram presas por terem coberto a morte, em 16 de setembro de 2022, de Mahsa Amini, uma curda de 22 anos, sob custódia policial. Mahsa foi detida em Teerã pela polícia da moralidade, acusada de violar o código de vestimenta da República Islâmica, que exige, entre outras coisas, que as mulheres usem véus em público. Sua morte gerou uma onda de protestos em todo o país.
Ambas foram condenadas a penas de prisão por colaborarem com os Estados Unidos, conspirarem contra a segurança do país e fazerem propaganda contra a República Islâmica. Foram soltas sob fiança e aguardam julgamento com recurso, de acordo com Mizan Online.
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