Internacional
Todos os reféns retidos em prisões no Equador foram liberados
Segundo entidade estatal responsável pelas prisões, 136 pessoas estavam mantidas presas por detentos em cadeias do país

Todos os guardas e funcionários que estavam sendo mantidos reféns por detentos em prisões no Equador foram liberados durante a noite de sábado para domingo, anunciou o presidente Daniel Noboa. Em publicação nas redes sociais, ele agradeceu aos trabalhadores e ao Serviço Nacional de Atendimento Integral para Adultos Privados de Liberdade (SNAI), órgão responsável pelo sistema penitenciário.
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“Os protocolos de segurança e o trabalho conjunto com a Polícia Nacional e as Forças Armadas foram concluídos com sucesso após a libertação de todos (...) que estavam retidos nos diferentes Centros de Privação de Liberdade (CPL) do país”, afirmou a entidade em comunicado. Segundo a instituição, mais de 130 funcionários foram feitos reféns em diferentes prisões do país por grupos criminosos.
O SNAI também comunicou a morte do agente penitenciário Daniel Tinitana González. Ele teria sido morto em um “confronto armado” na prisão. Outro guarda foi ferido no mesmo incidente. Ainda conforme a pasta, 41 funcionários, entre guardas e pessoal administrativo, foram soltos pelos grupos criminosos, e 13 saíram da prisão de Esmeraldas, no norte do país, após negociações envolvendo a Igreja Católica.
Antes do comunicado do governo sobre os reféns, havia incerteza entre familiares e associações trabalhistas. O vice-presidente da Associação de Servidores Penitenciários do Equador (ASPE), Carlos Ordóñez, questionou a falta de informações oficiais do SNAI sobre o estado dos sequestrados e possíveis planos de intervenção. O temor aumentou com a circulação de vídeos que mostravam guardas em situações precárias.
O presidente Noboa declarou um “conflito armado interno” depois que o líder do narcotráfico José Macías Villamar, conhecido como Fito, fugiu da prisão. Grupos criminosos reagiram com ataques, incluindo o assalto à Universidade de Guayaquil e investidas contra hospitais e centros comerciais. Noboa enfatizou que seu governo não cederá às pressões desses grupos e destacou que estão em um estado de guerra.
Uma dezena de organizações criminosas estão semeando o terror e, a partir das prisões, tentam impor autoridade diante das políticas rigorosas do governo de Noboa para lidar com esses grupos. As operações da força pública continuam nas principais cidades, e o estado de exceção decretado pelo governo resultou em prisões, confrontos e apreensão de armas e explosivos.
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