A desatenção da Prefeitura de Maceió para com os pais de crianças com algum tipo de transtorno, mesmo as que têm decisão judicial favorável, está crescendo a cada dia. Em uma das regiões administrativas, a RA5 - segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed) -, precisa de 8.542 vagas de creche e 4.531 vagas de pré-escola, mas só tem 220 vagas em creches e 673 na pré-escola.

Mesmo com uma decisão judicial favorável, a Semed nega vagas para as crianças com problemas de saúde.

Curiosamente, a Prefeitura de Maceió se recusou esta semana a receber uma Creche Cria do Governo do Estado, que foi construída no Jacintinho. Com investimento de mais de R$ 4,5 milhões, o equipamento está pronto há um ano.

A Creche Cria do Jacintinho, por exemplo,, que pode atender 200 alunos, será inaugurada na segunda-feira, 15, e será a única do programa Cria administrada pela Secretaria de Educação do Estado.

O Governo de Alagoas criticou a prefeitura de Maceió por não assumir a responsabilidade pela educação infantil no município.
Em uma nota, o governo afirmou que Maceió é o único município que não aceita gerir as creches construídas pelo Estado, deixando milhares de crianças sem atendimento.

Segundo o Censo Escolar de 2022, a prefeitura de JHC (PL) oferecia apenas 3.581 vagas em creches, um aumento irrisório em relação às 3.099 vagas de 2020, na administração anterior.

O prefeito JHC prometeu construir 73 novas creches até o final de 2024, para cumprir a meta do Plano Municipal de Educação de atender ao menos 50% da demanda por esse nível de ensino até 2025.

De acordo com a Semed, a demanda por creches na cidade de Maceió é de 46,5 mil vagas, enquanto a prefeitura oferece 3,5 mil vagas. Ou seja, existe uma demanda reprimida de 43 mil e que seriam necessárias para a abertura de mais de 21, mil novas vagas em apenas um ano.

A Prefeitura adiou a licitação das 73 novas creches, que estava prevista para setembro de 2023, para fevereiro de 2024. Assim, se torna inviável a conclusão das obras até o final do ano.