O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em Quito, Afonso Nery, disse ao GLOBO que 48 brasileiros procuraram o plantão consular desde o início da escalada de violência no Equador, todos em excursões turísticas, em busca de informações. Até o momento, não houve pedido de ajuda de cidadãos nacionais para deixar o país.

— O Equador é um país de muito turismo, principalmente de aventura e, por isso, atrai muitos jovens. Quito é cercada por nove vulcões e as praias do Pacífico são um espetáculo para o surfe — afirmou, acrescentando que há cerca de 3 mil brasileiros residentes no Equador.

Segundo o diplomata, as Forças Armadas foram colocadas em pontos estratégicos da capital, como estações de metrô, trens e ônibus, para tranquilizar a população. Aulas foram canceladas, muitas lojas não abriram e o número de pessoas se locomovendo nas ruas é bastante reduzido.

— A atitude do governo foi muito dura, quando houve a fuga dos chefões do narcotráfico.

Ele referia à fuga de presos das penitenciárias, que gerou uma onda de violência no país. Para enfrentar a situação, o presidente do Equador, Daniel Noboa, decreto estado de conflito armado interno, com a intervenção do Exército.

Brasileiro sequestrado

Sobre o brasileiro sequestrado na última terça-feira, Nery disse que ainda não há nada novo, mas ressaltou que a polícia antissequestro do país está cuidando do caso. Ele afirmou que a família de Thiago Allan Freitas agiu rápido, ao notificar o caso às autoridades policiais.

— A polícia antissequestro foi acionada logo — disse ele.