Internacional

Líder norte-coreano Kim Jong-Un não hesitaria em 'aniquilar' vizinho do Sul, diz agência

Relação entre países está fragilizada depois que Kim consagrou na Constituição a condição do Norte como potência nuclear e testou mísseis balísticos intercontinentais

Agência O Globo - 10/01/2024
Líder norte-coreano Kim Jong-Un não hesitaria em 'aniquilar' vizinho do Sul, diz agência
Kim Jong-un - Foto: Fonte: Agência Brasil

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, pediu o fortalecimento nuclear do país e advertiu que não hesitaria em "aniquilar" a rival Coreia do Sul, durante uma visita a fábricas de armas, informou a agência de notícias oficial KCNA nesta quarta-feira (noite de terça, 9, em Brasília). Ao qualificar o vizinho como seu "inimigo principal", Kim expressou que a prioridade do Norte deve ser "fortalecer, antes de tudo, as capacidades militares de autodefesa e a dissuasão de guerra nuclear", segundo a mídia estatal.

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As relações entre as duas Coreias atingiram seu ponto mais baixo em décadas depois que Kim consagrou na Constituição a condição do Norte como uma potência nuclear e realizou vários testes de mísseis balísticos intercontinentais.

Kim garantiu que o Norte, formalmente chamado República Popular Democrática da Coreia (RPDC), não iniciaria uma confrontação "unilateralmente", mas também "não tem a intenção de evitar uma guerra", informou a KCNA.

Se o Sul "ousar tentar o uso de forças armadas contra a RPDC ou ameaçar sua soberania e segurança, não hesitaremos em aniquilar a RDC [Sul], mobilizando todos os meios e forças em nossas mãos", relatou a KCNA. Acompanhado por políticos e militares do alto escalão do governo, Kim visitou várias fábricas de munições nesta segunda e terça-feira, conforme relatado pela KCNA.

Ele qualificou as visitas como uma motivação para os trabalhadores "na luta para alcançar a enorme meta de produção para o ano novo". Os Estados Unidos e seus aliados, Coreia do Sul e Japão, acusam a Coreia do Norte de violar as sanções internacionais ao transferir mísseis para a Rússia para seu conflito com a Ucrânia.