Internacional
Itamaraty apura denúncia de sequestro de brasileiro no Equador
Vídeo que circula pelas redes sociais mostra um rapaz, se dizendo filho do brasileiro, pedindo ajuda

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, na noite desta terça-feira, que acompanha “com atenção” a denúncia de sequestro do brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, no Equador, que vive um estado de exceção há dois dias. Ele é natural de São Paulo e mora no país há três anos, segundo informações do portal g1. Em um vídeo postado nas redes sociais, Gustavo, filho de Thiago, relatou que a família teria conseguido apenas parte do valor do resgate.
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— Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil. Peço que nos ajudem. Muito obrigado — disse o jovem em um vídeo postado no Instagram.
Segundo o Itamaraty, as autoridades brasileiras estão em contato com a família de Thiago e apuram as "circunstâncias do ocorrido" junto às autoridades equatorianas.
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Quito, acompanha com atenção denúncia de sequestro de cidadão brasileiro no Equador, mantém contato com seus familiares e busca apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais", diz o texto.
De acordo com os relatos de familiares, Thiago vive em Guayaquil, cidade que abriga o presídio de segurança máxima de onde o líder da principal facção criminosa do país, Fito, fugiu no domingo. A fuga foi o estopim para a escalada da crise de segurança pública no Equador. Em 48h, o presidente do país, Daniel Noboa, decretou estado de exceção e o cenário de conflito interno armado, medidas que, entre outras coisas, impuseram toque de recolher por 60 dias e autorizaram as Forças Armadas a "neutralizarem" membros de 22 grupos criminosos, que passaram a ser considerados "organizações terroristas".
Em entrevista à GloboNews, uma amiga da família relatou, sob condição de anonimato, o estado de angústia para arrecadar o valor pedido pelos sequestradores.
— Entramos em contato com a Embaixada, que disseram que se comprometeram inclusive a nos ajudar com US$ 500 dólares, porém, até agora, não se manifestaram. De US$ 4 mil que pediram, até agora só temos US$ 2 mil e já estamos enviando para os sequestradores — disse. — Só que vamos dar uma parada agora nos depósitos, porque estamos esperando que eles enviem outro vídeo atualizado dele. Porque o último vídeo que enviaram foi às 3 da tarde, não sabemos como está a situação dele nesse momento.
"Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros", disse o ministério, em nota.
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