Internacional
Ataque israelense mata alto comandante do Hezbollah no Líbano, diz oficial de segurança
Militares de Israel declararam que estavam prontos para atacar mais posições do movimento; ação aumenta os temores de que o conflito na Faixa de Gaza possa se espalhar

O grupo xiita Hezbollah disse nesta segunda-feira que um de seus comandantes foi morto em um ataque no sul do Líbano, aumentando as preocupações de que a guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza se espalhe pela região.
Contexto: Tempo para evitar conflito com Líbano está perto do fim, diz Israel antes de visita de secretário de Estado dos EUA
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Em um comunicado, o Hezbollah identificou o comandante como Wissam Hassan al-Tawil, sem dar detalhes adicionais. Mas, sob condição de anonimato, uma fonte de segurança libanesa disse que al-Tawil era um comandante na unidade Radwan, apontada por Israel como tendo objetivo de se infiltrar em sua fronteira norte.
Segundo a fonte, ele foi morto em um ataque israelense em Khirbet Selm, uma vila no sul do Líbano que fica a cerca de 14,5 km da fronteira israelense. De acordo com a Reuters, al-Tawil estava em seu carro com outro combatente quando foi atingido.
Em um aparente esforço para mostrar sua importância na organização, a al-Manar, rede libanesa que pertence ao Hezbollah, postou imagens dele ao lado de várias autoridades graduadas, incluindo o líder do grupo xiita, Hassan Nasrallah, e Qassem Soleimani, o general iraniano morto em um ataque de drone dos EUA em 2020.
No domingo, militares de Israel afirmaram ter atingido alvos do grupo xiita na região de fronteira e declararam que estavam prontos para atacar mais posições do movimento, que é apoiado pelo Irã. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz dos militares israelenses, ao menos sete membros do Hezbollah morreram.
A morte do comandante ocorre em meio a receios de uma escalada regional, especialmente após o assassinato do número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, em ataque atribuído a Israel em 2 de janeiro. Na última sexta-feira, Nasrallah afirmou que seria “inevitável” uma resposta dura contra Israel.
O discurso, o segundo de Nasrallah desde a morte de al-Arouri, foi feito no mesmo dia em que o governo libanês apresentou uma queixa no Conselho de Segurança da ONU classificando o ataque em Beirute como “a fase mais perigosa” das agressões israelenses. O líder disse “não poder” ficar calado diante de “uma violação dessa magnitude, porque significaria que todo o Líbano estaria exposto [no futuro]”.
Escalada do conflito
Também na sexta, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou autoridades dos EUA de que é cada vez mais curto o tempo para se evitar um conflito mais amplo com o grupo xiita no Líbano. A elevação do tom ocorreu no dia em que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, iniciou seu quarto percurso pelo Oriente Médio desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, há quase três meses, para tentar evitar a ampliação da crise. A previsão é de que ele chegue nesta segunda-feira a Israel.
De acordo com Nasrallah, se Israel obtiver êxito em conquistar a Faixa de Gaza — onde combate o Hamas desde 7 de outubro, quando sofreu o pior ataque em seu território desde a criação do Estado Judeu, em 1948 —, o sul do Líbano será o próximo objetivo militar do país.
Neste momento, para Nicholas Blandford, analista do Atlantic Council, os ataques de um lado e de outro ainda estão “dentro de um certo limite”. Ele não descartou, porém, a possibilidade de que “algo (maior) esteja por vir”.
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