Internacional
Infográfico detalha como ocorreu a colisão entre duas aeronaves no Japão
Voo da Japan Airlines pousava com 379 passageiros quando colidiu com um avião da Guarda Costeira; ao todo, cinco tripulantes morreram
Um Airbus A350-600, com 379 pessoas a bordo, colidiu nesta terça-feira com uma aeronave da Guarda Costeira durante o pouso no aeroporto de Haneda, em Tóquio. Ao todo, cinco pessoas morreram no incidente — todas do avião da Guarda, que tinha seis passageiros no total. Já os tripulantes da Japan Airlines (JAL) saíram em segurança após uma operação rápida, elogiada por especialistas como “uma fuga perfeita”.
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Segundo o Ministério de Terras, Infraestruturas, Transportes e Turismo, houve uma falha na comunicação entre os controladores de terra e as aeronaves. O órgão afirmou que o avião da Guarda Costeira, que seguia para as regiões afetadas pelo terremoto de segunda-feira, havia recebido autorização para entrar na pista. O voo 516 da JAL, porém, também recebeu sinal verde para pousar no mesmo local.
Este é, agora, o ponto central das investigações: descobrir se alguém passou uma ordem errada, se os pilotos entenderam errado, ou se foi uma combinação desses dois fatores. Segundo as autoridades locais, uma primeira dúvida já parece ter sido esclarecida. A permissão de pouso concedida à JAL foi confirmada após análise do diálogo entre o piloto da Japan Airlines e a torre de controle do aeroporto onde houve a colisão.
“De acordo com entrevistas com a equipe operacional, eles reiteraram e repetiram [que receberam] a permissão de pouso do controle de tráfego aéreo, e então continuaram com os procedimentos de aproximação e pouso”, diz o texto da Japan Airlines.
Minutos depois, as duas aeronaves se chocaram, produzindo uma enorme bola de fogo em um dos aeroportos mais movimentados da Ásia. Dentro da aeronave da Guarda Costeira, um De Havilland Canada DHC-8, cinco tripulantes morreram. No avião da Japan Airlines, iniciou-se uma corrida contra o tempo: afinal, parte do Airbus A350, entregue em 2021, estava pegando fogo, a fumaça dominava os corredores e era questão de tempo até que as chamas consumissem a aeronave.
— Estava ficando quente dentro do avião, e pensei, para ser honesta, que não sobreviveria — disse uma passageira à NHK.
A tripulação, seguindo à risca o treinamento, conseguiu que todos deixassem o avião em menos de dois minutos, mesmo com apenas três saídas de emergência disponíveis. À NHK, um passageiro afirmou que “um anúncio da cabine disse que as portas traseiras e do meio não poderiam ser abertas, então todos desembarcaram pela parte da frente”. A operação contou com a colaboração dos passageiros, que cumpriram a ordem de deixar para trás malas e bolsas, agilizando a saída de todos.
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