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China exclui nove militares do Parlamento, um dia depois de anunciar novo ministro da Defesa

Como parte de processo de reestruturação, decisão foi anunciada após sessão do Comitê Central do Partido Comunista Chinês

Agência O Globo - 30/12/2023
China exclui nove militares do Parlamento, um dia depois de anunciar novo ministro da Defesa
China - Foto: AFP

A China expulsou nove militares de seu Parlamento, incluindo quatro generais da unidade de mísseis estratégicos, em uma ampla reestruturação após a nomeação de um novo ministro da Defesa, nesta sexta-feira. A decisão, anunciada no mesmo dia pela agência de notícias Xinhua, foi decretada em uma sessão do Comitê Central do Partido Comunista Chinês.

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A mudança, que ainda não foi totalmente esclarecida, aparenta ser parte de uma reestruturação da cúpula do Exército chinês, desde que Li Shangfu, nomeado ministro da Defesa em março e destituído em outubro, desapareceu da cena pública em agosto.

O cargo passa a ser ocupado por Dong Jun, que atuava como comandante da Marinha desde agosto de 2021. A nomeação do novo ministro encerra meses de vacância na posição estratégica, já que, ainda em julho, as autoridades anunciaram que a unidade responsável pelos mísseis estratégicos, especialmente os mísseis nucleares, teria uma nova liderança. A imprensa local reportou uma investigação por corrupção envolvendo o ex-chefe da unidade.

Os nove militares excluídos da Assembleia Popular Nacional ocupavam assentos como representantes não eleitos. A sua destituição "sugere que estão sendo investigados e confirma certos rumores que circulavam a este respeito", disse a consultoria política SinoInsider, com sede nos Estados Unidos e especializada em política chinesa. Para o analista Lyle Morris, do think tank americano Asia Society, houve uma "conexão" entre os oficiais e o ex-ministro Li Shangfu.