Internacional
Irã acusa Israel de matar general da Guarda Revolucionária Islâmica na Síria
Sayyed Razi Mousavi, conselheiro sênior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, foi morto na Síria; Israel confirma morte, mas não detalhou operação

O Irã acusou Israel, nesta segunda-feira, de matar um militar de alto nível em um ataque com mísseis na Síria — em um momento em que crescem as preocupações de que a guerra entre Israel e Hamas em Gaza possa se transformar em um conflito regional.
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O iraniano assassinado foi identificado como o general Sayyed Razi Mousavi, conselheiro sênior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Diz-se que ele ajudou a supervisionar o envio de mísseis e outras armas para o Hezbollah, a força militar apoiada pelo Irã no Líbano e na Síria, que é um adversário frequente de Israel.
Israel, adotando a sua posição habitual, recusou-se a comentar diretamente as acusações, mas as autoridades israelenses reconheceram que estavam a se preparar para a perspectiva de uma retaliação iraniana.
Israel já trava uma grande guerra em Gaza e enfrenta combatentes do Hezbollah na fronteira norte com o Líbano. E no Mar Vermelho, em resposta ao conflito de Gaza, as forças Houthi baseadas no Iêmen – também apoiadas pelo Irã – têm escalado as tensões ao atacar navios.
Ao confirmar o assassinato do general Mousavi, nos arredores de Damasco, o Hezbollah o descreveu como um “querido irmão”. A agência de notícias semioficial iraniana Fars disse que Israel “pagaria por este crime, sem dúvida”. Vários meios de comunicação disseram que ele foi morto na segunda-feira.
Embora as autoridades israelenses tenham se recusado a comentar quem estava por trás do assassinato, confirmaram que o general estava morto.
— Não estou me referindo a esta ou aquela operação no Oriente Médio relatada pela mídia não-israelense — disse o contra-almirante Daniel Hagari. porta-voz principal das Forças de Defesa de Israel. — As Forças de Defesa de Israel tem um papel, é claro: proteger e salvaguardar os interesses de segurança do Estado de Israel.
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Com o Irã e o Hezbollah acusando Israel, as Forças Armadas foram colocadas em alerta máximo no domingo, disse um oficial. Os militares, disse o oficial, esperam o possível uso de foguetes ou drones lançados da Síria e do Líbano contra Israel.
E eram esperados os fechamentos de mais estradas no norte de Israel, onde algumas rotas já tinham sido bloqueadas devido aos combates com o Hezbollah.
O general Mousavi foi descrito como um colaborador próximo do major-general Qassim Suleimani, um comandante de inteligência de segurança iraniano altamente popular que foi morto por um ataque dos EUA em Bagdá em 2020. Ao anunciar a morte do general Mousavi, Fars publicou uma fotografia dele e General Suleimani posando juntos.
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