Internacional
Israel autoriza entrada de comboio humanitário na Faixa de Gaza por passagem de Kerem Shalom
Em torno de 60% da ajuda ao enclave chegava por este ponto israelense antes do início da guerra; comunicações por telefone e internet também foram parcialmente restauradas na região
Um comboio de ajuda humanitária seguiu para a Faixa de Gaza, neste domingo, através da passagem israelense de Kerem Shalom pela primeira vez desde que Israel aprovou a entrada por este ponto, informou um agente do Crescente Vermelho egípcio.
"Gostaríamos de anunciar a restauração gradual dos serviços de telecomunicações... nossas equipes de campo conseguiram chegar e reparar o principal local danificado após inúmeras tentativas nos últimos dias", disse a PalTel após anunciar que as comunicações foram cortadas na quinta-feira.
Ao todo, "79 caminhões começaram a entrar hoje", disse o agente, sob condição de anonimato, por não estar autorizado a falar com a imprensa.
Israel aprovou na sexta-feira a entrada "temporária" de ajuda ao estreito território palestino por Kerem Shalom. A sitiada Faixa, devastada após dois meses de guerra entre Israel e o movimento palestino fundamentalista Hamas, enfrenta condições humanitárias críticas.
Até então, a escassa ajuda que entrou no território se deu pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, mas a ONU repete que é "insuficiente".
Os agentes da passagem de Kerem Shalom, na fronteira de Gaza com Israel, no sul, já começaram a inspecionar os carregamentos de ajuda, mas os caminhões ainda precisam passar por Rafah para entrar no território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.
O Cogat, órgão do Ministério israelense da Defesa responsável pelos assuntos civis palestinos, declarou neste domingo que, "a partir de hoje, os caminhões de ajuda da ONU passarão por controles de segurança e serão transferidos diretamente para Gaza, através de Kerem Shalom".
Em torno de 60% da ajuda a Gaza chegava por esta passagem israelense antes do início da guerra, deflagrada em 7 de outubro pelo ataque do Hamas em Israel. Nele, morreram 1.140 pessoas, segundo os últimos números das autoridades. Pelo menos 129 permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza.
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e bombardeia, sem cessar, o território palestino, onde morreram cerca de 18.800 pessoas. Deste total, em torno de 70% são mulheres e menores, conforme o Ministério da Saúde do Hamas.
Telecomunicações parcialmente restauradas
As comunicações por telefone e internet também foram parcialmente restauradas na Faixa de Gaza neste domingo. A principal empresa de telecomunicações do enclave informou que os serviços de telefonia móvel e internet foram gradualmente restaurados no centro e no sul do território palestino sitiado, após a última interrupção dos serviços.
"Gostaríamos de anunciar a restauração gradual dos serviços de telecomunicações. Nossas equipes de campo conseguiram chegar e reparar o principal local danificado após inúmeras tentativas nos últimos dias", disse a PalTel após anunciar que as comunicações foram cortadas na quinta-feira.
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