Internacional

Cinco palestinos morrem em ataque israelense na Cisjordânia, em meio à escalada da violência na região

Entre as vítimas fatais estavam dois jovens, de 19 e 21 anos; pelo menos 293 pessoas foram mortas por tiros israelenses ou ataques de colonos desde 7 de outubro na área ocupada

Agência O Globo - 17/12/2023
Cinco palestinos morrem em ataque israelense na Cisjordânia, em meio à escalada da violência na região
Cinco palestinos morrem em ataque israelense na Cisjordânia, em meio à escalada da violência na região - Foto: Reprodução

Cinco palestinos foram mortos neste domingo no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em um ataque do Exército israelense, informou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina. Entre as vítimas fatais estavam dois jovens, de 19 e 21 anos, informou o ministério.

A operação militar começou durante a noite na cidade de Tulkarem e em seu campo de refugiados de Nur Shams, no norte da Cisjordânia, de acordo com os moradores.

O Exército israelense informou que realizou operações aéreas contra "vários grupos terroristas armados que dispararam tiros, lançaram explosivos e colocaram as tropas em perigo". Durante a operação, "pelo menos quatro terroristas foram mortos e outros ficaram feridos", informaram os militares, acrescentando que prenderam quatro pessoas e apreenderam armas.

O diretor do hospital de Thabet Thabet, Amin Jader, disse à AFP que "cinco pessoas chegaram ao hospital feridas, uma delas na cabeça".

A violência aumentou na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, após o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Pelo menos 293 pessoas foram mortas por tiros israelenses ou ataques de colonos desde 7 de outubro, de acordo com autoridades palestinas.

O conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, distante 115 km da Cisjordânia, começou depois que milicianos do grupo islâmico palestino lançaram um ataque sem precedentes em território israelense, deixando cerca de 1.140 pessoas mortas, a maioria civis, segundo as autoridades.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva em Gaza que deixou cerca de 18.800 mortos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o movimento islâmico.