Alagoas

Quatro minas ainda podem entrar em colapso em Maceió, diz Agência Nacional de Mineração

Cinara Corrêa com agencias 17/12/2023
Quatro minas ainda podem entrar em colapso em Maceió, diz Agência Nacional de Mineração
Maceió - Foto: Foto: Arquivo

Em depoimento à Câmara dos Deputados, durante audiência pública, realizada na semana passada, em Brasília, o superintendente substituto da Agência Nacional de Mineração (AMN), Helder Pasti, disse que não é possível afirmar a segurança de quatro minas de sal-gema da Braskem na Lagoa Mundaú, ou se podem entrar em colapso a qualquer momento, já que não foram localizadas pelo Serviço Geológico do Brasil.

Helder falou que quatro cavidades não foram localizadas durante as análises e que, por isso, “passaram a supor que elas foram autopreenchidas”, não descartando o risco causado por elas.

Já a Braskem afirma que cinco das minas passaram pelo processo: 5, 6, 8, 14 e 24. “Nesse momento não podemos fazer essa afirmação, temos que seguir monitorando”.

Das 35 minas de sal-gema da Braskem instaladas em Maceió, 11 ainda não tiveram o processo de fechamento finalizado. A mina 18 era uma delas. O fechamento ainda não foi finalizado nas minas 9, 12, 16, 18, 22, 23, 25, 26, 27, 28 e 33, segundo a empresa.

Devido a esse risco, técnicos da Defesa Civil Nacional, da Agência Nacional de Mineração, do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e da Braskem informaram que a rede de monitoramento da mina 18 é adequada. Porém, a ANM informou que fará um reexame dos planos de fechamento das minas da petroquímica em Maceió.

Helder Pasti disse que não se sente confortável para apontar os crimes da Braskem e descartou omissão da ANM, mas afirmou que os trabalhos desenvolvidos pela empresa contribuíram para o cenário atual. “O que posso dizer como profissional e não quanto agência é que as atividades desenvolvidas pela empresa contribuíram para o cenário que a gente enxerga hoje”, concluiu.