Internacional
'Não tem dinheiro', 'choque' e 'reconstrução': o discurso de posse de Javier Milei em 12 frases
Presidente da Argentina assumiu o cargo neste domingo
O presidente da Argentina, Javier Milei, fez seu primeiro discurso como ocupante da Casa Rosada neste domingo, nas escadas do Congresso do país. O ultraliberal recebeu o bastão de comando (item simbólico de poder do chefe do Executivo argentino) das mãos do peronista Alberto Fernández, na cerimônia de posse, mas quebrou o protocolo e não se dirigiu aos legisladores da Assembleia em sua primeira mensagem oficial. Milei descreveu uma perspectiva econômica dura e alertou os compatriotas que os próximos meses serão de mais inflação e mais pobreza.
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Veja os pontos mais relevantes do discurso de Javier Milei em 12 frases.
'No hay plata'
— Esse é o legado que eles nos deixam: uma inflação plantada de 15.000% ao ano, que vamos lutar com unhas e dentes para acabar. Consequentemente, não há solução alternativa para o ajuste, não tem dinheiro.
Ajuste fiscal de 5 pontos do PIB
— A solução implica, por um lado, um ajuste fiscal no setor público nacional de 5 pontos do PIB [20 bilhões de dólares], que, ao contrário do passado, recairá quase inteiramente sobre o Estado e não sobre o setor privado.
Decadência e declínio
— Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje encerramos uma longa e triste história de decadência e declínio e iniciamos o caminho da reconstrução do nosso país.
100 anos de pobreza
— Infelizmente, a nossa liderança decidiu abandonar o modelo que nos enriqueceu e abraçou as ideias de liberdade e as ideias empobrecedoras do coletivismo. Há mais de 100 anos, os políticos insistem em defender um modelo que só gera pobreza, estagnação e miséria.
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Bebida amarga
— Esta é a última bebida amarga para iniciar a reconstrução da Argentina. Ou seja, haverá luz no fim do caminho.
Queda de salários
— Eles arruinaram nossas vidas. Eles nos fizeram baixar nossos salários 10 vezes. Portanto, não devemos nos surpreender com o fato de o populismo nos deixar com 45% de pobres e 10% de indigentes.
Choque inevitável
— Não há espaço para discussão entre choque e gradualismo. Naturalmente, isto terá um impacto negativo no nível de atividade, no emprego, nos salários reais e no número de pessoas pobres e indigentes.
Tráfico de drogas e violência
— Nosso país foi sequestrado por traficantes de drogas e pela violência. As nossas forças de segurança foram humilhadas durante décadas, foram abandonadas por uma classe política que virou as costas a quem cuida de nós.
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Ação imediata
— A situação na Argentina é crítica e emergencial. Não temos alternativas e também não temos tempo. Não temos espaço para discussões estéreis. Nosso país exige ação, e ação imediata. A classe política deixa um país à beira da crise mais profunda.
100 anos de desperdício
— Vamos tomar todas as decisões necessárias para resolver o problema causado por 100 anos de desperdício da classe política. Mesmo que seja difícil no início. Sabemos que no curto prazo a situação irá piorar. Mas então veremos os frutos dos nossos esforços.
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Sem vinganças
— Quanto à classe política argentina, quero dizer-lhes que não viemos para perseguir ninguém, não viemos para resolver velhas vinganças nem para discutir espaços de poder. Não pedimos apoio cego, mas não vamos tolerar que a hipocrisia, a desonestidade ou a ambição de poder interfiram na mudança que nós, argentinos, escolhemos.
Verdade desconfortável
— Não é por acaso que esta posse presidencial ocorre durante o feriado de Hanukkah, o festival da luz, pois celebra a verdadeira essência da liberdade. A guerra dos Macabeus é o símbolo do triunfo dos fracos sobre os poderosos, porque você sabe que prefiro contar-lhe uma verdade incômoda do que uma mentira confortável.
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