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DJ é sedado por 9 horas para fazer tatuagem e recebe críticas: ‘virou moda brincar com anestesia geral’; entenda riscos

Procedimento é geralmente seguro quando feito com o devido cuidado médico, mas não é isento de riscos

Agência O Globo - 09/12/2023
DJ é sedado por 9 horas para fazer tatuagem e recebe críticas: ‘virou moda brincar com anestesia geral’; entenda riscos

O DJ Gustavo O Brabo compartilhou nas suas redes sociais, nesta sexta-feira, a experiência de ter sido submetido a uma anestesia geral para realizar uma tatuagem na região da barriga. Ao todo, a sessão durou cerca de 9 horas.

No X (antigo Twitter), porém, o artista foi alvo de críticas de internautas que tanto criticaram o DJ por “não aguentar” a dor da tatuagem, como por uma suposta banalização de procedimentos médicos delicados e que carregam riscos, como a anestesia geral.

“Muito brabo mesmo o querido, não aguenta nem fazer uma tatuagem”, brincou uma internauta com o nome do DJ. Já outra usuária da rede social disse que “virou moda brincar com anestesia geral”. “Um procedimento invasivo que pode resultar em uma pcr (parada cardiorrespiratória) e entubação”.

Quem fez algo semelhante há pouco tempo foi o cantor Mc Cabelinho, que na época contou que, para fugir da dor, tomou anestesia geral para finalizar uma tatuagem nas costas. Em um vídeo compartilhado no Instagram, o funkeiro mostrou os bastidores do processo, que envolveu oito profissionais, entre anestesistas e tatuadores.

Porém, apesar de ao ser realizado com uma equipe capacitada os riscos serem minimizados, a anestesia geral continua sendo um procedimento delicado que geralmente não é considerado para intervenções estéticas simples.

“A anestesia se utiliza de medicamentos cada vez mais potentes, os quais, além de promoverem analgesia, inconsciência e relaxamento muscular, determinam efeitos outros, como por exemplo, a depressão da respiração e do ritmo cardíaco. Muitos destes efeitos são previsíveis e podem, na grande maioria das vezes, ser contornados pelo anestesiologista. Outras reações, entretanto, não são tão previsíveis e podem trazer problemas inesperados e mais difíceis de serem resolvidos”, diz a Sociedade Brasileira de Anestesiologia em um perguntas e respostas.

Os maiores riscos são justamente problemas cardiovasculares e respiratórios. Sua incidência está diretamente relacionada ao estado de saúde prévio do paciente, por isso a necessidade de uma triagem ser feita antes.