Internacional
Dinheiro para armas enviadas à Ucrânia deve acabar este ano, diz Casa Branca em alerta ao Congresso
Comunicado foi o mais recente da administração do presidente Joe Biden contra um número crescente de republicanos que estão cansados de arcar com os custos da guerra
A Casa Branca alertou, nesta segunda-feira, que os Estados Unidos ficarão sem dinheiro para enviar armas à Ucrânia até o final do ano se o Congresso não aprovar o apoio de emergência adicional. O aviso, entregue em uma carta direta ao presidente da Câmara, Mike Johnson, foi o mais recente comunicado da administração do presidente Joe Biden contra um número crescente de republicanos que estão cansados de arcar com os custos e capital político da guerra.
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Até o momento, o Congresso autorizou US$ 111 bilhões para a Ucrânia e necessidades críticas de segurança nacional dos Estados Unidos, de acordo com Shalanda Young, diretora do orçamento da Casa Branca. Ela afirmou que cerca de 60% do dinheiro aprovado até agora (US$ 67 bilhões) permanece nos EUA, principalmente para fortalecer os fabricantes de armas americanos que aumentaram a produção no último ano para atender à demanda ucraniana.
Em outubro, a administração pediu mais US$ 61,4 bilhões para continuar ajudando o governo em Kiev a resistir à Rússia. Sem mais dinheiro para comprar e fornecer armas adicionais, conforme Young, a perda da assistência americana irá “prejudicar a Ucrânia no campo de batalha, não apenas colocando em risco os avanços feitos pelo país ucraniano, mas aumentando a possibilidade de vitórias militares russas”.
“Estamos sem dinheiro, e quase sem tempo”, escreveu Young na carta, que também foi enviada a Hakeem Jeffries, o principal democrata da Câmara, e aos dois líderes democratas e republicanos do Senado. “Isso não é um problema para o próximo ano. O momento de ajudar uma Ucrânia democrática a lutar contra a agressão russa é agora”, acrescentou.
Aliados expressam preocupação
Nos últimos meses, à medida que a ajuda diminuiu e a Ucrânia lutou para repelir as tropas russas em uma contraofensiva que praticamente estagnou, aliados expressaram abertamente preocupação sobre se os Estados Unidos manterão seu apoio à guerra de quase dois anos. O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, espera abordar o assunto novamente esta semana em visita a Washington.
Em entrevistas no campo de batalha, soldados ucranianos afirmaram que a quantidade de armas e equipamentos americanos já começou a diminuir. Em um abrigo de uma unidade de artilharia de linha de frente a mais de 240 km ao norte de Avdiivka, no leste da Ucrânia, soldados recentemente observaram um monitor com armaduras russas alinhadas nas linhas inimigas. Eles tinham apenas 20 projéteis por dia, o que significava que poderiam esperar destruir apenas dois alvos.
Quando a mesma unidade estava em Kherson na ofensiva do ano passado, eles tinham cinco vezes mais munição à disposição, disseram os soldados.
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