Internacional

Israel confirma a morte de cinco reféns sequestrados pelo Hamas em Gaza

Segundo as Forças Armadas, as famílias de Eliyahu Margalit, Mia Goren, Ronen Engel, Ofir Tzarfati e Aryeh Zalmanovich foram notificadas nos últimos dias

Agência O Globo - 01/12/2023
Israel confirma a morte de cinco reféns sequestrados pelo Hamas em Gaza

Autoridades de Israel confirmaram a morte de quatro reféns capturados pelo Hamas no dia 7 de outubro, e que estavam sendo mantidas na Faixa de Gaza. O anúncio ocorreu no dia em que as forças israelenses retomaram a ofensiva militar contra o Hamas no território, depois de sete dias de uma pausa nos combates que permitiu a libertação de cerca de 80 reféns israelenses e 240 palestinos que estavam em prisões do país.

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Citado pelo Times of Israel, o porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari, disse que as famílias dos reféns começaram a ser informadas das mortes nos últimos dias. Eles foram identificados como Mia Goren, Ronen Engel, Ofir Tzarfati, Aryeh Zalmanovich e Eliyahu Margalit, cuja filha, Nili, estava no grupo de israelenses libertados pelo Hamas na quinta-feira. Com exceção de Ofir, todos moravam no kibutz Nir Oz, atacado pelo grupo palestino no mês passado

— Esse anúncio vem depois da equipe de especialistas do Ministério da Saúde, do [Instituto Forense Abu Kabir] , o rabino chefe e o Ministério de Assuntos Religiosos declararem suas mortes com base nas descobertas coletadas e em inteligência — disse Hagari. — Continuaremos investindo muitos esforços operacionais e de inteligência, para trazer informação sobre as condições dos reféns.

Na véspera, a família de Ofir Tzarfati anunciou ter sido informada sobre a morte do homem, que foi capturado no festival de música eletrônica perto da divisa com Gaza, cenário do episódio mais sangrento dos atentados cometidos pelo Hamas naquele 7 de outubro — segundo autoridades israelenses, 364 foram mortas, e outras muitas levadas para Gaza pelos terroristas.

Nesta sexta, além da confirmação da morte de Ofir, os militares israelenses revelaram que o corpo dele foi recuperado há alguns dias e trazido de volta para Israel para que possa ser sepultado. Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte, tampouco quando ele morreu.

Na véspera, representantes do kibutz Nir Oz anunciaram a morte de Aviv Atzili, que era considerado desaparecido desde o ataque do Hamas à comunidade. O comunicado apontou que Atzili morreu no próprio dia 7, mas as circunstâncias não foram divulgadas. A mulher dele, Liat Beinin Atzili, foi capturada pelos terroristas, e foi libertada na noite de quarta-feira. Não se sabe se a decisão de soltá-la está relacionada à morte do marido, que deixa três filhos. O nome dele não foi mencionado por Daniel Hagari na coletiva.

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Em um ato no centro de Tel Aviv nesta sexta-feira, parentes de reféns que ainda estão em Gaza declararam que o fim da trégua foi um "duro golpe", e que deve atrasar ainda mais a libertação de seus filhos, pais, netos e amigos.

— Nós vimos a chance das pessoas saírem, se reunirem com suas famílias e retomarem suas vidas — disse ao Times of Israel Ilan Zharia, tio de Eden Yerushalmi, de 20 anos. Segundo ele, a mulher e outras jovens estavam "muito perto" de serem libertadas. Segundo Eylon Levy, porta-voz do governo, há 136 pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas e outros grupos armados, sendo 114 homens, 20 mulheres e duas crianças. A maioria é de israelenses, 125, além de 11 cidadãos de outros países.