Geral
Bebê que morreu com doença rara no Reino Unido é levada de carruagem para funeral: 'lutou para viver'
Pequena Indi Gregory chegou a receber cidadania italiana para continuar internada em hospital pediátrico do Vaticano, mas pedido foi negado

O pai da bebê Indi Gregory, que morreu em novembro após o desligamento de seu suporte de vida no Reino Unido, foi velado nesta sexta-feira. A menina de oito meses tinha a doença mitocondrial, uma condição incurável que drena a energia das células do corpo. Os pais da pequena enfrentaram uma batalha judicial para mantê-la viva.
Arroz branco: 'Não consuma esse alimento', afirma Harvard; veja as substituições
Saúde mental: Como o consumo de Lactobacillus pode prevenir depressão e ansiedade
Dean Gregory, pai de Indi, carregou hoje o pequeno caixão branco da bebê até a Catedral de Nottingham para o seu funeral. Ele elogiou sua "belíssima guerreira", que precisou "lutar para viver desde o primeiro dia", e afirmou que sentiu que "desde o início, ela era muito especial". Apesar disso, "nunca poderia ter imaginado o tipo de jornada que teríamos que passar".
— Ela não apenas teve que lutar contra seus problemas de saúde, mas também contra um sistema que torna quase impossível vencer — disse Gregory na cerimônia. — Ainda assim, foi o seu ponto mais fraco, seus problemas de saúde, que distinguiram Indi como uma verdadeira guerreira. Eu sempre vou te amar, Indi.
Membros da família se alinharam nas ruas enquanto o caixão da bebê era levado para a catedral em uma carruagem puxada por cavalos brancos, que usavam mantas cor de rosa. O veículo também estava adornado com flores em forma de ursinho rosa e branco.
Batalha judicial e morte 'trágica'
A pequena Indi Gregory nasceu em 24 de fevereiro com a doença mitocondrial, uma condição genética rara que drena a energia das células do corpo. Atualmente, não há cura. Em 2017, o bebê Charlie Gard faleceu em decorrência da mesma doença no Reino Unido. Neste caso, seus pais também viveram um drama nas cortes, e acabaram perdendo uma batalha judicial para levá-lo para tratamento no exterior.
Com pouco mais de seis meses, o Nottingham University Hospitals NHS Trust, na Inglaterra, solicitou a suspensão de alguns tratamentos médicos de Indi, como assistência respiratória, terapia de oxigênio, tubos e ressuscitação cardiopulmonar (RCP), se sua condição piorasse. Os médicos decidiram que, devido à gravidade do caso não seria viável prosseguir com um tratamento tão invasivo.
A família da bebê não concordou com os médicos, levando o hospital a solicitar uma decisão da Alta Corte. O argumento da equipe de saúde era o de que seria "mais bondoso" deixar Indi morrer do que submetê-la à dor que estava sofrendo. O Juiz Peel decidiu que os médicos poderiam retirar o "tratamento invasivo", dizendo: "com o coração pesado, cheguei à conclusão de que os fardos do tratamento superam os benefícios".
Uma esperança para Indi surgiu por meio de um hospital na Itália, em outubro, que ofereceu o tratamento “totalmente financiado pelo governo italiano”. Os pais de Indi, no entanto, também perderam a batalha legal para transferi-la para Roma, e o Juiz Peel disse que estava convencido de que a mudança não seria do melhor interesse do bebê.
Às 1h45 da manhã de segunda-feira, 13 de novembro, Indi faleceu após seu suporte de vida ter sido retirado no dia anterior.
Mais lidas
-
1ACIDENTE
Caminhão de lixo de Palmeira dos Índios tomba em Igaci e deixa dois feridos
-
2FUTEBOL
Sem Neymar, Ancelotti anuncia primeira convocação para a Seleção Brasileira; veja os nomes
-
3REDES SOCIAIS
Saiba quem é Hugo Anquier, filho de Debora Bloch que chama atenção pela altura
-
4JUSTIÇA
Fernando Collor perde controle acionário da TV Gazeta
-
5PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Prefeita “cobra” melhorias na saúde de... sua própria família