Internacional
Israel e Hamas se preparam para ampliar trégua no último dia de acordo para troca de reféns
Prazo inicial se esgota em 24 horas, mas tanto premier Benjamin Netanyahu quanto representantes palestinos declararam estarem abertos para aumentar prazo
Com o acordo de cessar-fogo temporário no último dia, as conversas sobre uma extensão da trégua entre Israel e Hamas ganharam força, nesta segunda-feira, a medida que cada lado do conflito se prepara para enviar os últimos reféns e prisioneiros previstos nos termos iniciais negociados na semana passada. O grupo terrorista palestino afirmou que pretende libertar mais reféns para manter o cessar-fogo em Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se disse disposto a ampliar o período de paz por mais alguns dias, caso mais reféns sejam repatriados. Desde sexta-feira, 39 reféns e 117 presos palestinos foram liberados devido ao acordo (estrangeiros também foram libertados).
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O acordo inicial, anunciado na semana passada, previa quatro dias de trégua para que houvesse uma troca de reféns, capturados em 7 de outubro, por prisioneiros palestinos detidos em Israel. O Hamas se comprometeu a liberar 50 reféns, em troca de 150 presos. A última etapa da troca inicial, prevista para esta segunda, começou com certa discordância, após o Hamas questionar os nomes na lista de prisioneiros que seriam liberados por Israel. Negociadores do Catar já atuam junto aos dois lados para completar a transferência.
O Hamas emitiu um comunicado em que afirma está na busca por "prolongar a trégua além dos quatro dias", com o objetivo de "aumentar o número de prisioneiros liberados". Uma fonte próxima ao grupo palestino declarou à AFP que os mediadores foram informados sobre o desejo de uma extensão de "dois a quatro dias".
Os termos iniciais do acordo tinham uma cláusula que previa a ampliação da trégua. A negociação aceita por Hamas e Israel afirma que um dia extra de cessar-fogo será concedido a cada 10 reféns extras (além dos 50 inicialmente acordados) soltos pelo grupo palestino. Além de não atacar Gaza, Israel soltaria 30 presos a cada grupo de reféns adicionalmente devolvido.
Em uma indicação positiva ao prolongamento da trégua, Netanyahu reagiu à declaração do Hamas e se disse disposto a continuar com a libertação dos reféns. Narrando uma conversa que teve com o presidente dos EUA, Joe Biden, o premier disse estar disposto a ampliar a trégua, mas negou um cessar-fogo definitivo.
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— Os dispositivos preveem a libertação de mais 10 reféns a cada dia e é uma bênção. Mas também disse ao presidente [Biden] que depois do acordo voltaremos ao nosso objetivo: eliminar o Hamas — declarou Netanyahu.
O premier deve solicitar, nesta segunda-feira, um "orçamento de guerra" de 30 bilhões de shekels (R$ 39 bilhões de reais) para continuar a ofensiva contra o Hamas.
As autoridades israelenses afirmam que 1.200 pessoas morreram no ataque dos combatentes do Hamas e que quase 240 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. No território palestino, alvo de bombardeios incessantes e de uma ofensiva terrestre, a ofensiva israelense deixou 14.854 mortos, incluindo 6.150 menores de idade, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Além disso, a Defensa Civil de Gaza calcula que 7.000 pessoas estão desaparecidas.
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