Internacional

Polícia prende suspeito de atirar contra três estudantes palestinos nos EUA

Jason J. Eaton, de 48 anos, foi detido perto do local do crime; vítimas visitavam a família durante feriado de Ação de Graças quando foram atingidas

Agência O Globo - 27/11/2023
Polícia prende suspeito de atirar contra três estudantes palestinos nos EUA
EUA

Um homem de 48 anos foi preso neste domingo após atirar contra três estudantes palestinos em Vermont, nos Estados Unidos, na noite de sábado. Jason J. Eaton, de 48 anos, foi detido próximo ao local do crime, informou o Departamento de Polícia de Burlington em comunicado à imprensa local.

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Ainda de acordo com o comunicado da polícia, Eaton deverá comparecer ao tribunal na manhã desta segunda-feira. Os estudantes universitários foram feridos após o atirador abrir fogo contra eles "sem falar nada". Investigações preliminares indicam que todas as três vítimas foram baleadas do lado de fora da casa de parentes de uma delas.

No domingo, a Ramallah Friends School afirmou que três dos seus formandos que deixaram a Cisjordânia ocupada para estudar nos EUA foram baleados. Conforme o al-Jazeera, os jovens foram identificados como Hisham Awartani, da Brown University, Kinnan Abdel Hamid, da Haverford University, e Tahseen Ahmed, aluno do Trinity College.

Abel Hamid teria sofrido ferimentos leves. Já Awartani teria levado um tiro nas costas, perto da coluna, perdido a sensibilidade nas pernas. À CNN, seu tio-avô, Marwan Awartani, ex-ministro da Educação palestino, afirmou que os estudantes estavam visitando a avó de Awartani em Burlington para o feriado de Ação de Graças.

Os familiares consideram o ato um crime de ódio, mas a polícia ainda não avaliou o motivo do tiroteio. No X (antigo Twitter), Basil Awartani, parente de uma das vítimas, escreveu: "Meu primo Hisham levou um tiro nas costas enquanto caminhava com seus amigos por simplesmente usar keffiyeh e falar árabe".

"A perigosa retórica performativa dos especialistas e políticos dos EUA, bem como a constante desumanização dos palestinianos, tem um custo de vida real", continuou ele.