Internacional

Traficante de drogas 'Classe A' é preso após postar selfie em iate em rede social secreta na Inglaterra

Grupos criminosos utilizavam a plataforma EncroChat para ações ilegais, como a distribuição de mercadorias ilícitas

Agência O Globo - 24/11/2023
Traficante de drogas 'Classe A' é preso após postar selfie em iate em rede social secreta na Inglaterra
polícia inglesa - Foto: Reprodução

O inglês Darren Stirling, de 58 anos, foi preso sob suspeita de envolvimento com grupo que fornecia grandes quantidades de drogas consideradas de "Classe A" pelo governo britânico. A polícia conseguiu capturá-lo após ele ter compartilhado uma foto sem camisa no iate onde mora em uma rede social criptografada.

Drogas "Classe A" são aquelas que oferecem mais perigo para a pessoa como a cocaína, MDMA, cannabis e cetamina — todas que Stirling é suspeito de ter comercializado.

De acordo com a polícia inglesa, o traficante foi identificado pelo uso do EncroChat, uma rede social conhecida por ser utilizada por membros de grupos criminosos para o planejamento de ações ilegais, como a distribuição de mercadorias ilícitas. Cerca de 60 mil pessoas utilizam a plataforma em todo o mundo; apenas no Reino Unido, são 10 mil, segundo as autoridades.

Desde 2016, agências internacionais trabalham em conjunto para chegar à rede social e, em 2020, agências na França e na Holanda conseguiram se infiltrar no EncroChat. Assim, as mensagens antes secretas começaram a ser descobertas.

As mensagens de Stirling, por exemplo, revelaram que ele conversava regularmente com outras pessoas sobre o fornecimento de cocaína e alucinógenos para todo o país, segundo comunicado da polícia.

No chats, também havia fotografias que mostravam as substâncias em grandes quantidades, dentro de caixas, além das que permitiram sua localização. "Felizmente, o usuário também enviou fotos suas em um barco, que ele chamou de sua residência principal", diz o material divulgado à imprensa.

"Criminosos como [Darren] Stirling se sentiram capazes de baixar a guarda ao usar esta rede, sentindo que poderiam operar impunemente enquanto transportavam grandes quantidades de substâncias nocivas", afirma o inspetor Yoni Adler, da polícia de Essex. "O trabalho incansável da nossa unidade [...] provou que ele estava errado."