Internacional
Cessar-fogo em Gaza começa a valer na madrugada de sexta-feira (24), diz Catar
O cessar-fogo de quatro dias na Faixa de Gaza vai entrar em vigor às 7h de sexta-feira, 24, (2h da madrugada pelo horário de Brasília), informou o Catar, que mediou a negociação entre Israel e o grupo terrorista Hamas junto com Estados Unidos e Egito. Os reféns serão liberados a partir das 16h do horário local (11h no Brasil).
"A pausa começará às 7h desta sexta-feira", informou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Catar Majed al Ansari. "O primeiro grupo de reféns civis será entregue aproximadamente às 16h do mesmo dia", acrescentou.
Ainda de acordo com o representante do Catar, o primeiro grupo a ser liberado contempla 13 mulheres e crianças, sequestradas pelo Hamas no ataque terrorista de 7 de outubro e mantidas como reféns desde então. "Um certo número de civis será libertado todos os dias até atingir o total acordado de 50 no final dos quatro dias", explicou.
A pausa nos combates aprovada esta semana será a primeira desde o início da guerra, desencadeada pelo atentado sem precedentes contra Israel. Cerca 1.200 pessoas morreram e 240 foram sequestradas. Inicialmente, a trégua estava prevista para começar nesta quinta-feira, mas obstáculos de última hora parecem ter atrasado o acordo. O conselheiro nacional de segurança de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que os reféns não seriam liberados antes da sexta-feira, sem dar detalhes sobre o motivo do atraso.
O cessar-fogo promete trazer alívio para os familiares dos reféns, que vinham pressionando o governo israelense pela liberação com protestos massivos e para os civis do enclave, que estão sob bombardeio constante. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, o número de mortos passa de 13 mil.
Os Estados Unidos, um dos maiores aliados de Israel, tem reafirmado que o país tem o direito de se defender, mas pedem que o cessar-fogo seja ampliado. Tel-Aviv, por sua vez, sugere que poderia estender a trégua por um dia para cada 10 reféns liberados além dos 50 já estão contemplados pelo acordo.
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