Militares mexicanos prenderam Nestor Isidro Pérez Salas, vulgo "El Nini", apontado chefe da segurança dos herdeiros do narcotraficante internacional Joaquín Guzmán Loera, o "El Chapo", que atualmente cumpre prisão perpétua numa cadeia dos Estados Unidos.

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Segundo o Departamento Antidrogas dos Estados Unidos (DEA), El Nini é acusado de conspirar para o tráfico de fentanil, cocaína e metanfetamina. Ele também responde por lavagem de dinheiro, pela posse de metralhadoras e dispositivos destrutivos e por ameaças a testemunhas.

Em meio à busca internacional pelo narcotraficante, as autoridades dos EUA ofereceram uma recompensa de até US$ 3 milhões (R$ 14,6 milhões, na cotação atual) por informações que levassem à captura de El Nini.

Néstor Isidro Pérez Salas é descrito como chefe de segurança de "Los Chapitos", filhos de "El Chapo". Ele tentou fugir de uma megaoperação da polícia pelos telhados de residências do bairro habitacional de Santa Fé, ao norte de Culiacán, em Sinaloa. Militares do Exército, da Aeronáutica, da Marinha e agentes da Guarda Nacional cercaram o traficante.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que El Nini é capturado no telhado em meio a explosões. Detonações atingiram uma das paredes da casa, e um militar conseguiu chegar até o procurado para detê-lo.

El Nini foi preso em meio a uma disputa interna entre as facções lideradas por Miguel Ángel Gaxiola Quintero, o “El Ruso”, operador de “El Mayo”, e Néstor Isidro Pérez Salas, “El Nini”, pelo controle da do território de Tepuche. Os confrontos entre criminosos já deixaram dezenas de mortos na região.

O traficante preso é definido como um homem que não gosta de carros luxuosos ou esportivos. Seus sonhos de consumo são cavalos e belos galos. Além de comandar a segurança dos "Chapitos", Néstor Isidro Pérez Salas tem contato direto com Óscar Noe Medina González, vulgo “El Panu”, braço-direito de Iván Archivaldo Guzmán Salazar, considerado o filho mais poderoso de “El Chapo”.

Foi o violento chefe de segurança dos “Chapitos” que ordenou o episódio conhecido como "Culiacanazo", em 2019. Documentos do Exército ligaram Nini ao comando das ações violentas levadas a cabo pelo Cartel de Sinaloa, que levaram o presidente López Obrador a ordenar a libertação de Ovidio Guzmán, outro filho de El Chapo, em outubro daquele ano.

El Nini também foi designado como o encarregado de enfrentar as forças federais que, em janeiro passado, tentavam prender pela segunda vez Ovidio Guzmán. Durante o tiroteio, até o aeroporto de Culiacán foi alvo de ataques, e 29 pessoas foram mortas.