Internacional
Amorim faz viagem relâmpago a Caracas por temor de escalada entre Venezuela e Guiana
Governo brasileiro está preocupado com o nível de agressividade na campanha eleitoral para o referendo de 3 de dezembro na Venezuela sobre a proposta de anexar o território da 'Guiana Essequibo'
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, viajou a Caracas na última terça-feira em meio à forte preocupação do governo brasileiro pela escalada da campanha eleitoral na Venezuela para o referendo convocado pela Assembleia Nacional do país em 3 de dezembro, quando os venezuelanos deverão responder se a chamada “Guiana Essequibo”, território rico em petróleo, deve ser anexado ao Estado bolivariano. A equipe de Amorim recebeu vídeos da campanha que preocuparam o Palácio do Planalto .
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Em alguns desses, a defesa da anexação da Guiana Essequibo é feita de tal forma, disse a fonte, que “deixa a sensação de que a campanha está saindo do controle e, sendo assim, qualquer coisa pode acontecer”. Amorim, afirmou a fonte, foi fazer um alerta ao governo de Nicolás Maduro, mas sem pedir que o referendo não seja realizado.
Segundo apuração do GLOBO, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo brasileiro dissuadisse Maduro de sua intenção de avançar sobre o território do país. O pedido, somado ao tom da campanha eleitoral, que conta com o apoio de amplos setores da oposição venezuelana, aumentou a preocupação no Palácio do Planalto e no Itamaraty.
O medo do Brasil é de que a situação escape do controle do governo de Maduro, que já defendeu publicamente a invasão do território em disputa há mais de 100 anos.
Além de alertar sobre o material de campanha em circulação, Amorim pediu a Maduro que busque o diálogo e baixe o tom sobre as ameaças de invasão territorial sob o argumento de que uma escalada da tensão entre a Venezuela e a Guiana pode criar “uma situação de instabilidade regional”.
Na quarta-feira, quando Amorim retornava ao Brasil de mais uma viagem relâmpago à capital venezuelana, o chanceler Mauro Vieira se referiu ao conflito:
— O Brasil, assim como os outros países, fez uma exortação para o entendimento, a discussão diplomática e a solução pacífica das controvérsias, que devem ser dirimidas por arbitragem e tribunais internacionais, sempre que possível — disse o chancelar, que estava acompanhado do ministro da Defesa, José Múcio.
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