Irmãs gêmeas idênticas comemoraram seu centésimo aniversário em uma casa de repouso em Barnsley, na Inglaterra, nesta quinta-feira. Após anos sem se encontrarem, Anne Brown e Florence Boycott estavam cercadas de amigos e cinco gerações da família.

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Anne e Florence cresceram em South Yorkshire. Quando eram crianças, as duas eram tão similares que o próprio pai não conseguia diferenciá-las.

— Eles não conseguiam nos distinguir. Meu pai era péssimo nisso. Ele não conseguia diferenciar uma da outra. Éramos muito próximas. Estávamos sempre juntas, nunca uma sem a outra — disse Anne ao Daily Mail.

Para as irmãs, uma vida longa não exige dietas mirabolantes nem exercícios físicos. O segredo para tamanha longevidade era mais simples do que o esperado.

— Apenas seguir em frente e dormir cedo. Nós apenas continuamos ano após ano e chegamos aos 100. Não sinto nada de diferente de quando eu tinha 50 anos — contou a centenária.

A filha de Florence, Kathy Lindsay, foi a organizadora da festa. Ela disse que as gêmeas eram duas de dez irmãos. Os cinco meninos e as cinco meninas viviam em uma casa com dois quartos, onde dividiam um banheiro externo e tomavam banhos de lata na frente da lareira. Segundo Lindsay, nenhuma das gêmeas teve doenças graves ao longo da vida.

— Minha tia teve que fazer uma substituição de joelho, mas minha mãe não passou por nenhuma cirurgia ou algo assim. Acho que ambas têm boas características genéticas, realmente. Elas viveram uma boa vida e se comportaram bem — detalha a filha de Florence.

Kathy Lindsay reforçou que Anne e a mãe eram absolutamente idênticas quando jovens ao ponto dela as confundir. As centenárias usavam a similaridade ao seu favor e aprontavam peripécias na juventude.

— Elas costumavam trocar namorados, se tivessem um que não gostavam, e coisas assim — revela.

Lindsay disse que as irmãs trabalharam juntas por muitos anos na fábrica de camisas Sugden's, em Barnsley, quando saíram da escola. Anne e Florence tiveram vários trabalhos, com cargos em padaria, leiteria e faxineira escolar. Até hoje, as gêmeas vivem de forma independente.

— Ambas foram trabalhadoras. Minha mãe trabalhou muito, além de nos criar, e minha tia sempre trabalhou. E ambas adoravam bingo. Sempre dissemos que minha mãe alcançaria os cem anos e ela conseguiu, abençoada seja — diz.