Internacional
Coreia do Norte suspende acordo militar com o Sul após cinco anos e reforça tropas na fronteira
Pyongyang fez um lançamento de satélite, atitude condenada pelos EUA e seus aliados
A Coreia do Norte anunciou nesta quinta-feira a suspensão de um acordo assinado em 2018 com a Coreia do Sul para reduzir as tensões militares e o reforço das suas tropas na fronteira após o lançamento de um satélite por Pyongyang. O lançamento foi condenado pelos Estados Unidos e seus aliados e levou Seul a suspender parcialmente o acordo de 2018 e a retomar as operações de vigilância fronteiriça.
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Em um comunicado do Ministério da Defesa esta quinta-feira, o país, equipado com armas nucleares, anunciou que suspendia totalmente aquele pacto que procurava mitigar as tensões na península.
“Retirar-nos-emos das medidas militares tomadas para evitar tensões e incidentes militares em todas as áreas, como terrestre, marítima e aérea, e colocaremos forças fortemente armadas e equipamento militar avançado na região” ao longo da fronteira, disse o ministério em um comunicado transmitido pela agência de imprensa estatal KCNA.
O comunicado acrescenta que Pyongyang “nunca mais ficará vinculado” ao acordo, segundo a KCNA. O lançamento do satélite Mallingyong-1, diante do sorridente líder norte-coreano Kim Jong Un, foi condenado por Washington, Seul e Tóquio como uma “violação flagrante” das sanções da ONU. Foi a terceira tentativa este ano de colocar um satélite em órbita por parte de Pyongyang e a primeira desde a cimeira entre Kim e o presidente Vladimir Putin num cosmódromo russo em setembro.
A Coreia do Norte afirmou que o satélite está em órbita e que Kim Jong Un já revisou imagens de bases militares dos EUA em Guam. Os militares sul-coreanos confirmaram que o satélite estava em órbita, mas disseram que era muito cedo para dizer se estava funcionando.
"Fase incontrolável"
O ministério norte-coreano insistiu na quinta-feira que o lançamento de um satélite está incluído no seu “direito à autodefesa” e minimizou a resposta “extremamente histérica” de Seul. Acusou o seu vizinho do sul de ter comprometido o acordo ao aumentar as provocações militares e garantiu que este pacto "há muito foi reduzido a um pedaço de papel". Ele também chamou a decisão de Seul de suspendê-la parcialmente de “imprudente”, segundo a KCNA.
A Coreia do Sul “deve pagar caro pelas suas provocações militares e políticas sérias e irresponsáveis que levaram a situação actual a uma fase incontrolável”, afirmou o Ministério da Defesa. A agência estatal norte-coreana também explicou que o satélite iniciará a sua missão formal de reconhecimento no dia 1 de dezembro.
Ter um satélite espião permite à Coreia do Norte melhorar a sua capacidade de recolher informações, especialmente da Coreia do Sul, e obter dados que podem ser cruciais num possível conflito, segundo especialistas. Para os Estados Unidos, representa uma violação das resoluções da ONU que impedem Pyongyang de desenvolver tecnologia balística, que é aplicada tanto ao lançamento de mísseis como de satélites.
O lançamento também parece ser o sinal de partida para uma corrida espacial na Península Coreana, dizem os especialistas, já que Seul planeja lançar seu primeiro satélite espião em órbita este mês usando um foguete SpaceX.
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