Internacional
Chanceler de Lula defende solução pacífica para conflito entre Guiana e Venezuela
Mauro Vieira participou, nesta quarta-feira, de uma reunião de chanceleres e ministros da Defesa da América do Sul
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu, nesta quarta-feira, uma solução pacífica para o conflito entre Venezuela e Guiana. O governo venezuelano já deu claros sinais de que quer invadir mais de 50% da área do país vizinho, o que gerou o temor de uma guerra entre duas nações que fazem fronteira com o Brasil.
Vieira disse que o assunto foi tratado, ao longo do dia, em uma reunião entre chanceleres e ministros da Defesa de 12 países da América do Sul. Os representantes da Guiana e da Venezuela expuseram suas posições.
— O Brasil, assim como os outros países, fez uma exortação para o entendimento, a discussão diplomática e a solução pacífica das controvérsias, que devem ser dirimidas por arbitragem e tribunais internacionais, sempre que possível — disse o chancelar, que estava acompanhado do ministro da Defesa, José Múcio.
Ele destacou que o território brasileiro foi formado de forma pacífica.
— Tivemos questões em nove, das fronteiras, e resolvemos nossas diferenças através da negociação.
Segundo informou O GLOBO no último domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, por videoconferência, com o presidente da Guiana, Irfaan Ali. Foi um contato classificado como “urgente” e marcado de última hora para tratar da crise com a Venezuela.
Lula recebeu um apelo para dissuadir o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de cumprir a promessa de invadir e anexar a chamada "Guiana Essequibo", região rica em petróleo. A Assembleia Nacional venezuelana aprovou um plebiscito, marcado para o próximo dia 3 de dezembro, perguntando ao povo se concorda com a anexação.
A reunião de ministros da Defesa e das Relações Exteriores é uma continuidade da cúpula de presidentes da América do Sul, realizada em 30 de maio deste ano, em Brasília. Em busca de uma maior integração entre os países da região, os participantes discutiram temas como a proteção de fronteiras, a troca de experiência em ajuda humanitária, cooperação entre as indústrias de defesa, desastres naturais e avaliação da conjuntura internacional.
— Após longas discussões, não há dúvidas de que é preciso somar os esforços para manter a América do Sul como um lugar pacífico — disse José Múcio.
Milei
Já o chanceler Mauro Vieira afirmou que os representantes da Argentina disseram estar convencidos de que a integração é algo fundamental para a região. Perguntado sobre a possibilidade de os vizinhos mudarem de posição, com a vitória do economista da direita radical, Javier Milei, Vieira disse que o melhor neste momento é esperar.
— Completamos 200 anos de relações diplomáticas com a Argentina. Temos que ter paciência e esperar.
Milei tomará posse no próximo dia 10 de dezembro. Ele já declarou que quer retirar a Argentina de fóruns internacionais, principalmente aqueles que, segundo ele, têm governos "comunistas".
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