Acusado de assassinar o próprio filho, de quatro meses, o inglês Reece Kelly, de 31 anos, foi condenado à prisão perpétua na cidade de Whitehaven, na Inglaterra. Até o julgamento, o pai negava o envolvimento na morte do pequeno Dallas Marc Kelly, que sofreu traumatismo cranioencefálico em outubro de 2021 devido a maus tratos. Ele, porém, confessou o crime diante dos juízes.

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Na ocasião, a mãe da criança, Georgia Wright, de 23 anos, também foi considerada culpada pela "crueldade infantil" e deve cumprir ao menos três anos de reclusão. Mesmo após admitir o homicídio, o pai, Reece Kelly, afirmou que não tinha intenção de causar danos graves à criança.

De acordo com a investigação policial, Dallas havia sofrido ferimentos causados pelo pai que o sacudiu com "força significativa". Um especialista médico, consultado pela polícia do condado de Cumbria, onde ocorreu o caso, afirmou que os danos causados ao pequeno podem ser comparados aos de uma pessoa após cair de um prédio de vários andares ou uma colisão fatal no trânsito.

Os médicos ainda avaliaram que, antes da morte, Dallas já havia sofrido outras lesões distintas, incluindo uma fratura de costela e uma lesão cerebral.

As evidências colhidas pela polícia revelaram ainda que os pais não levavam Dallas às consultas médicas, não forneciam os cuidados adequados a um bebê e o expunham a substâncias nocivas. Os depoimentos ouvidos pelo tribunal também afirmaram que a dupla priorizava o consumo de drogas em detrimento do cuidado da criança.

Ao prestar depoimento no julgamento, a detetive Jenny Beattie, que liderou a investigação sobre a morte do bebê, disse que "Dallas era um menino que estava totalmente indefeso diante das ações de seus pais".

"Qualquer criança, especialmente uma jovem como Dallas, deve ter pais que se preocupem profundamente com ela e ajam sempre no melhor interesse de seus filhos. Infelizmente, este não foi o caso de Dallas", continuou Beattie, segundo comunicado divulgado à imprensa.