Internacional
Líder do Hamas diz que acordo de trégua com Israel está próximo
Fontes próximas das negociações disseram que um acordo provisório inclui uma trégua de cinco dias, que implicaria na libertação de alguns reféns e em limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou, nesta terça-feira, que um acordo com Israel para uma trégua em Gaza está próximo. Haniyeh, líder político do grupo palestino, vive atualmente no Catar e comentou a negociação por meio de uma publicação no Telegram.
"Estamos perto de alcançar um acordo para uma trégua", declarou Haniyeh, segundo a postagem.
Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns, a maioria israelenses, sequestrados em 7 de outubro, durante o ataque mais mortal em solo israelense desde a formação do Estado judeu, em 1948, que deixou 1,2 mil mortos — em sua maioria civil.
Em retaliação ao ataque, Israel reforçou o cerco ao território e iniciou uma ofensiva aérea e terrestre, prometendo derrotar o Hamas e assegurar a libertação dos reféns. Segundo o Hamas, que controla Gaza, o conflito deixou mais de 13,3 mil palestinos, milhares deles crianças.
O Catar, onde o Hamas tem um escritório político e Haniyeh está instalado, media intensas negociações. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas "menores".
Na segunda-feira, o presidente americano, Joe Biden, disse, em Washington, acreditar que um acordo para libertar os reféns estava próximo.
— Acredito que sim — disse Biden, ao ser perguntado a respeito. Em seguida, o presidente cruzou os dedos em sinal de esperança em um desfecho positivo.
Duas fontes próximas das negociações disseram à AFP que um acordo provisório inclui uma trégua de cinco dias, que implicaria em um cessar-fogo no terreno e limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza.
Em contrapartida, entre 50 e 100 reféns mantidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica — outro grupo militante combatido por Israel em Gaza — seriam liberados. Entre estes estariam civis israelenses e de outras nacionalidades, mas não pessoal militar. Segundo a proposta de acordo, cerca de 300 palestinos seriam libertados de prisões israelenses, entre eles mulheres e crianças.
Separadamente, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou, na segunda-feira, que sua presidente, Mirjana Spoljaric, havia viajado para o Catar para se reunir com Haniyeh "para avançar em questões humanitárias relacionadas com o conflito armado em Israel e Gaza".
Em um comunicado, a organização sediada em Genebra informou que continuava "a apelar pela proteção urgente de todas as vítimas do conflito e pelo alívio da situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza". Também disse que "pediu persistentemente a libertação imediata dos reféns".
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