Internacional
Milei eleito: Argentina arrisca ficar acéfala antes de posse com Massa Após vitória de ultradireitista, argentina fica quase acéfala com partida de autoridades
Cristina viaja pra Itália, Massa deve abandonar Ministério da Economia e Fernández, considerado um presidente decorativo, poderia ir pra Espanha
Nas próximas duas semanas, antes da posse de Javier Milei após vencer a eleição presidencial da Argentina neste domingo, o país deve ficar praticamente acéfalo em meio a uma crise econômica, financeira e social gravíssima.
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Segunto meios de comunicação locais, o presidente Alberto Fernández, que nesta segunda-feira tem um encontro marcado com seu sucessor para traçar um plano de voo para a transição, estaria planejamento uma viagem — não confirmada oficialmente. A questão é como será feita essa transição se o principal ministro do gabinete, o peronista Sergio Massa, no comando da pasta econômica desde agosto do ano passado, ameaçou pedir uma licença após ter sido derrotado por Milei nas urnas.
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Desde que Massa assumiu o comando da pasta econômica, passou a ser considerado praticamente o presidente do país. Fernández se afastou das principais decisões, crescendo a imagem de um presidente decorativo. Sem Massa, na prática, o governo ficará acéfalo.
O ministro, que tem uma relação tensa com o chefe de Estado, não participará da conversa com Milei. Em seu discurso de reconhecido da derrota, o ministro afirmou que "os argentinos escolheram outros caminhos, e a partir de amanhã [esta segunda] o dever de dar certezas e dar garantias sobre o funcionamento político e econômico da Argentina é responsabilidade do presidente eleito".
Milei respondeu rapidamente em seu discurso de vitória:
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— Ao governo pedimos que seja responsável e entenda que chegou uma nova Argentina. Devem ser responsáveis até o final de seu mandato.
A vice-presidente Cristina Kirchner confirmou que viajará esta semana para a Itália, onde dará uma palestra sobre democracia na Universidade Federico II, de Nápoles.
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Segundo uma fonte próxima de Fernández, o chefe de Estado está sozinho na Casa Rosada, seu gabinete praticamente paralisado, sua vice ausente — como está há muito tempo — e seu principal ministro profundamente abalado pelo resultado da eleição e praticamente decidido a abandonar o barco antes do final do mandato.
A esposa do ministro e agora ex-candidato presidencial, Malena Galmarini, já confirmou seu afastamento da direção da Aysa, empresa estatal de águas do país.
Com uma inflação galopante, que acumulou aumento de 147% nos últimos 12 meses, o mercado cambial artificialmente controlado — com rígidas medidas de contenção do dólar implementadas por Massa — e acordos de congelamento de preços que vencem nas próximas semanas, a acefalia na Casa Rosada poderá trazer consequências complicadas para o país antes da mudança de governo.
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