Internacional
Argentina usa papel para votar. Entenda
Partido de candidato da direita radical, Javier Milei, denunciou roubo de cédulas de votação e um jovem foi detido
A votação na Argentina é com um sistema de papeletas ou cédulas de votação, que são colocadas dentro de um envelope e depositadas nas urnas. Cada eleitor escolhe uma papeleta, e, neste segundo turno da eleição presidencial, as opções são apenas duas: o peronista Sergio Massa ou o candidato do partido A Liberdade Avança Javier Milei.
Se o eleitor quiser votar em branco, ele coloca o envelope vazio na urna. Se quiser anular o voto, pode colocar qualquer coisa dentro do envelope que não seja a cédula de um dos candidatos, ou pode, também, colocar ambas papeletas. Nos dois casos, as chamadas autoridades da mesa eleitoral anularão o voto.
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Nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso), em 13 de agosto, os eleitores tiveram de escolher quem seriam os candidatos que disputariam as eleições regionais — em algumas das 23 províncias argentinas e na capital do país —, a metade da vagas na Câmara e um terço das cadeiras no Senado, além dos presidenciais.
No segundo turno, em 22 de outubro, os argentinos fizeram suas escolhas e no chamado quarto escuro, onde é feita a votação, havia um enorme número de papeletas, já que os candidatos eram muitos. Neste segundo turno, instância final, apenas duas cédulas estão sobre a mesa: a de Massa e seu candidato a vice-presidente, Agustín Rossi, e a de Milei e sua companheira de chapa, Victoria Villarruel.
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Nas primeiras horas deste domingo, o partido de Milei denunciou irregularidades em alguns centros de votação, principalmente, o roubo de cédulas de seu candidato. A juíza federal María Servini, encarregada de monitorar o processo eleitoral, confirmou a detenção de um jovem, que não foi identificado, acusados de roubar cédulas de Milei. Integrantes do partido A Liberdade Avança insistem em que houve outros casos, sobretudo na província de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitorado nacional.
Na Argentina, as cédulas são impressas por cada partido com fundos públicos. A equipe de Milei deu às autoridades um número menor das cédulas exigidas, argumentando que temiam que elas não fossem distribuídas conforme planejado, e garantiu que seus representantes em cada seção eleitoral, os chamados fiscais, teriam cédulas extras para que nenhum eleitor ficasse sem a sua.
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