Policiais Federais e servidores administrativos da Polícia Federal (PF) realizam, nesta quinta-feira, 16, uma manifestação em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal de Alagoas, no Jaraguá, em Maceió. Eles denunciam a falta de compromisso do Governo Federal com a proposta de valorização dessas carreiras. A manifestação acontece em todo o Brasil e é o segundo ato a favor da reestruturação das carreiras policial e administrativa da PF.

A data escolhida marca o Dia do policial federal e, devido à mobilização, várias atividades da PF em todo o País serão afetadas.

Para essas entidades, o aumento da demanda de atividades da PF, como o lançamento do Programa de Ação na Segurança, que inclui um decreto de regulamentação de armas de fogo que transfere a competência de fiscalização dessa atividade do Exército para a Polícia Federal, e, mais recentemente, a realização da segurança presidencial e o Decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), têm exigido o máximo dos policiais federais sem qualquer contrapartida que promova a manutenção da excelência dos serviços prestados à população.

Entidades de classe também alegam desrespeito e descaso por parte do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que tem como titular a ministra Esther Dweck. A pasta vem justificando que o governo ainda não teria encontrado uma solução para a implementação da reestruturação das carreiras policial e administrativa da PF.
A expectativa é de que no dia 28 ocorra uma reunião entre o MGI, a Polícia Federal, entidades de classe e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. No dia seguinte, 29 de novembro, os policiais e servidores administrativos da PF vão participar de uma sessão solene na Câmara dos Deputados alusiva ao Dia do Policial Federal, onde também será realizado um ato a favor da reestruturação dessas carreiras.

“Esperamos com isso chamar a atenção para uma situação que se arrasta sem uma razão convincente, visto que a proposta foi chancelada pelo próprio governo federal. Entretanto, mesmo diante desse fato histórico, o MGI ainda não apresentou os meios necessários à sua execução”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme dos Reis.

No fim de outubro, foi realizado o primeiro ato desde que os policiais federais aderiram à mobilização, o chamado “Dia D”, que contou com atos espalhados nas superintendências regionais e demais unidades da PF de todo o País.
A mobilização prossegue até esta sexta-feira, 17.