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Policial é morto após quatro pessoas armadas invadirem hospital na Argentina

Primeiras versões apontam que agressores haviam entrado para resgatar um preso, mas invasão pode ter ocorrido para que esse detendo fosse, na verdade, executado

Agência O Globo - 15/11/2023
Policial é morto após quatro pessoas armadas invadirem hospital na Argentina

Um policial foi assassinado nesta terça-feira em Rosário e uma enfermeira ficou ferida depois que quatro pessoas armadas invadiram o Hospital Provincial de Rosário, na Argentina. As primeiras versões apontam que os agressores haviam entrado para resgatar um preso que havia sido transferido para o centro de saúde.

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Conforme noticiado pelo jornal La Capital de Rosario, o episódio ocorreu minutos antes das 22h no horário local, em um posto de saúde, quando deu entrada no local, vindo do Serviço Penitenciário local, um detento que ia ser internado. Segundo os primeiros relatos, dois jovens pediram para ir ao banheiro por um acesso lateral, mas não foram autorizados a entrar e começaram a atirar contra as pessoas que estavam no local.

O policial Leoncio Bermúdez ficou ferido e foi levado em estado gravíssimo ao Hospital de Urgência Clemente Álvarez (Heca), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo o jornal La Capital, os criminosos escaparam após o ataque em um carro. A Polícia, por sua vez, procura o trajeto percorrido pelo veículo para tentar localizar os agressores.

Segundo a Agência de Investigações Criminais de Santa Fé, os peritos encontraram no chão seis cápsulas usadas e o carregador do policial, além de sangue espalhado.

Versões diferentes

Como ainda não havia nenhum relatório oficial das autoridades, algumas versões sugeriam que uma possibilidade poderia ser a de os homens não terem ido tentar resgatar o prisioneiro, mas sim matá-lo. Segundo o jornal local, o detido seria um homem chamado Gabriel Lencina, que cumpre pena de mais de 22 anos de prisão por homicídio qualificado e também por tentativa de homicídio.

O homem seria integrante da gangue de Hernán “Lichi” Romero, chefe de um clã de traficantes do bairro Nuevo Alberdi que está preso. Romero cumpre pena como líder de uma associação ilícita e aguarda julgamento em que o Ministério Público pede 28 anos de prisão pelo sequestro e tentativa de homicídio de um homem que foi agredido na porta de sua casa e depois morto. Romero é acusado de planejar esse ato.

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Outra versão do ocorrido na noite desta terça-feira no hospital da cidade mais populosa da província de Santa Fé diz que o ataque se destinava a ser dirigido a uma mulher que acompanhava o marido, segundo La Capital, embora sem maiores detalhes.

Violência em Rosário: 228 assassinados

Neste ano, Rosário acumulou 228 pessoas assassinadas, número bem acima da média nacional. Além disso, estes últimos dias foram especialmente violentos. No fim de semana, ocorreram cinco assassinatos em apenas 14 horas. No sábado, no bairro Las Flores, um jovem de 19 anos e uma mulher de 36 anos foram baleados, enquanto outro homem também conseguiu sobreviver após ser baleado.

No domingo, nos bairros Tiro Suizo e Saladillo, dois motoristas foram baleados. O primeiro morreu no Hospital de Emergência e o segundo morreu instantaneamente. No quinto episódio, um homem foi morto em frente à sua casa, perto do cassino Rosário, onde foi deixado um bilhete assinado pela “Máfia”.