Internacional

OMS afirma que o principal hospital de Gaza está em estado crítico

pedro.lacerda 14/11/2023
OMS afirma que o principal hospital de Gaza está em estado crítico
OMS - Foto: REUTERS/Denis Balibouse/Direitos Reservados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira que o maior hospital de Gaza o Al-Shifa é quase um cemitério. O local está cercado por militares de Israel. O presidente dos Estados Unidos Joe Biden já pediu que o Centro de Saúde seja protegido.

A guerra entre Israel e Hamasjá deixou 11,3 mil mortos na faixa de Gaza e 1,2 mil em Israel. A situação do sistema de saúde em Gaza piora a cada momento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 21 dos 36 hospitais da região pararam de funcionar. O estado do maior hospital o Al-Shifa é crítico. São 700 pacientes, mais de 400 profissionais de saúde e cerca de 3 mil pessoas abrigadas no complexo hospitalar.

O local deixou de funcionar normalmente, não tem eletricidade, água e equipamentos básicos. A OMS elogiou a equipe médica por fazer tudo que pode para cuidar dos doentes. Apesar do local estar cercado pelo exército israelense.

Israel diz que o hospital fica em cima de um centro de comando subterrâneo do Hamas. As forças armadas inclusive divulgaram vídeos que mostram que seriam armas guardadas no porão de um hospital infantil em Gaza. O local também teria sido para manter reféns do Hamas. O grupo nega.

Em Canhunes, no sul de Gaza, foi mais um dia de ataques aéreos com muitas crianças feridas. Já no norte, pessoas se juntaram para vasculhar os escombros de uma casa destruída no campo de refugiados de Jabalia.

Quem está nas ou em abrigos agora tem uma nova preocupação. O início da estação chuvosa. Muitas pessoas estão em barracas improvisadas que não aguentariam um temporal. A possibilidade de inundações e propagação de doenças aumenta o desespero.

Nesta terça-feira as forças armadas de Israel confirmaram a morte de uma soldado recém do Hamas em Gaza. Segundo o Hamas, Noah Marciano de 19 anos teria sido morta durante um ataque israelense ao território palestino.

Famílias dos mais de 200 israelenses mantidos em cativeiro há 38 dias pelo Hamas começaram hoje uma marcha de 5 dias de Tel Aviv a Jerusalém para exigir do governo mais ação para garantir a libertação dos reféns. Nas ruas eles gritam "Traga-os para casa agora".

A polícia israelense informou que reúne provas para uma investigação futura sobre os crimes pratica pelos militantes do Hamas.

Internacional Brasília 14/11/2023 - 22:03 Patrícia Maia - Repórter da TV Brasil Conflito no Oriente Médio Hamas Gaza Israel terça-feira, 14 Novembro, 2023 - 22:03 2:45