Internacional
EUA afirmam que Hamas usa hospital em Gaza como 'comando militar' contra Israel
Alegação de que o al-Shifa estava sendo usado pelo grupo palestino para lançar ataques é o principal argumento dos israelenses para atacar instalações médicas
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse nesta terça-feira que a Casa Branca tem informações de inteligência confirmando que o Hamas usa a estrutura do hospital al-Shifa, em Gaza, como base para lançar ataques contra Israel. O argumento de que o grupo palestino está infiltrado em hospitais é o principal usado pelos israelenses para realizar ações contra instalações médicas, apesar dos muitos alertas e críticas de organizações humanitárias.
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— Os membros do Hamas e a Jihad Islâmica Palestina operam um [centro de] comando e controle a partir do al-Shifa, na Cidade de Gaza. Eles têm armas estocadas e estão preparados para responder a uma operação militar de Israel contra a instalação — disse Kirby, em conversa com repórteres a bordo do avião presidencial. — E temos informações de que o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina usam alguns hospitais na Faixa de Gaza, como o al-Shifa, e os túneis no subsolo, para esconder e apoiar suas operações militares e manter os reféns.
A declaração pública de Kirby é a primeira de um alto integrante do governo americano corroborando as acusações de Israel — anteriormente, funcionários da Casa Branca e do Departamento de Estado deram informações similares, mas sempre de forma anônima. Na entrevista desta terça-feira, ele não apresentou evidências para comprovar a acusação feita ao Hamas.
Desde o início da operação terrestre contra Gaza, Israel afirma que o Hamas e seus aliados, como a Jihad Islâmica, estão dentro de hospitais no território palestino, e usam as estruturas para evitar ataques diretos contra seus postos de comando. Os hospitais, alega Israel, estão conectados à extensa rede de túneis construída ao longo de décadas, que também é usada para transporte de mercadorias, armas, combatentes e, mais recentemente, reféns. Na segunda-feira, o governo israelense divulgou um vídeo do que seria o porão do hospital pediátrico al-Rantisi, alegando que ali foram encontrados armas e explosivos.
A declaração de Kirby vem um dia depois do presidente Joe Biden afirmar que o al-Shifa "deve ser protegido", e defender que as ações israelenses sejam "menos intrusivas". Nesta terça, o porta-voz, além de reiterar que o uso das instalações médicas pelo Hamas constitui um "crime de guerra", disse que os civis em Gaza devem ser protegidos, mesmo em meio aos combates.
— Os hospitais e pacientes precisam ser protegidos — disse, completando que pessoas inocentes estão abrigadas nestes locais, e "não merecem ser pegas no meio do cessar-fogo".
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