Internacional
Blinken diz que 'já morreram palestinos demais' e é preciso fazer mais para proteger os civis em Gaza
Bombardeios e a ofensiva militar terrestre em resposta ao ataque terrorista do Hamas já mataram, em um mês, mais de 11 mil pessoas
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira que "já morreram palestinos demais" e é preciso fazer mais para proteger os civis em Gaza, onde bombardeios israelenses e uma ofensiva militar terrestre já mataram, em um mês, mais de 11 mil pessoas, a maioria civis. Os ataques são uma resposta a um atentado terrorista sem precedentes do Hamas em território israelense, em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.400 mortos.
— Eu acredito que alguns progressos foram feitos — disse Blinken durante uma rápida visita a Nova Délhi. — Mas também deixei claro que muito mais precisa ser feito para proteger os civis e levar assistência humanitária para eles.
Na quinta-feira, o Exército israelense aceitou fazer pausas diárias de quatro horas no norte da Faixa de Gaza, para permitir a saída de civis bloqueados em meio aos combates. A decisão foi divulgada após alertas da ONU de piora das condições de vida em Gaza. O organismo, no entanto, reiterou que quaisquer pausas devem ser coordenadas com as Nações Unidas para serem verdadeiramente eficazes.
O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, voltou a apelar nesta sexta-feira ao fim do “massacre” na Faixa de Gaza e ao cerco imposto por Israel a este território.
— Arrasar bairros inteiros não é uma resposta aos crimes atrozes do Hamas. Pelo contrário, cria uma nova geração de palestinos que podem perpetuar o ciclo de violência. Simplificando, o massacre deve acabar — disse a jornalistas.
Em Gaza, o Hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza sofreu um bombardeio letal nesta sexta-feira, e o ministério de Saúde do enclave, controlado pelo Hamas, anunciou que 13 pessoas morreram. Dezenas de pessoas ficaram feridas. Um dia antes, Israel havia anunciado combates intensos nas imediações do local.
O número de mortos desde o início do conflito subiu para 11.078. Desse total, 4.506 são crianças. Outras 27.490 pessoas ficaram feridas.
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