Esportes
Torcedores do Boca relatam emboscada em praia no Rio: 'Levaram bolsas, nos bateram com cadeiras, com paus'
Em entrevista à TV argentina, eles afirmam que ataque foi feito por pessoas com camisa do Fluminense e pedem ajuda com documentação para deixar o Brasil após final da Libertadores

Os dias que antecedem a final da Libertadores, entre Boca Juniors e Fluminense, sábado, no Maracanã, têm sido marcados não só pela ansiedade das torcidas, mas também por conflitos. Nesta quinta, uma família de argentinos fez um desabafo a uma emissora de TV do país. Eles relataram terem sido vítimas de uma emboscada na praia de Copacabana na qual foram agredidos e roubados por pessoas que estariam usando camisas do tricolor carioca.
- Não nos metemos com ninguém. Vivíamos nossa própria festa, tomávamos caipirinha, víamos o entardecer. Isso é o que é o Boca. Boca é família - disse um dos torcedores à TNT Sports da Argentina, bastante abalado:
- Tomaram tudo de nós. Levaram bolsas, nos bateram com cadeiras, com paus, atiraram de tudo. Não pode ser que o futebol seja assim. Não viajamos para isso. Viajamos para ver o Boca campeão. Não para que nos acertassem golpes.
A família de torcedores do Boca afirma ter vindo do México para acompanhar a decisão da Libertadores. Segundo eles, foram roubados dinheiro, documentos e chave de carro.
- Vai mais além de uma partida de futebol. Se disfarçam atrás de uma camiseta do Fluminense para fazer estas delinquências. Não têm vergonha. Viajei desde o México com minha família para viver uma festa. Roubaram meu passaporte, bolsa, chaves do automóvel, dinheiro... Tudo. Me pegaram e não pude me defender. O que mais me dói é que não pude defender a minha família. Minha mulher está destroçada. Roubaram tudo dela. Isso não é futebol, senhores. Futebol não é delinquência. Futebol é festa - desabafou o pai da família, que pede ajuda às autoridades para conseguir viajar de volta para o México.
- Eu peço ajuda às autoridades do Brasil para recuperar meus documentos. O dinheiro não me importa. Peço ajuda, de verdade, porque tenho que viajar para o México no domingo.
Dos três que concederam entrevista, o mais revoltado deles cobrou à polícia do Rio. Segundo ele, nenhum dos assaltantes foi detido.
- Estávamos desfrutando da festa, com um tipo do Brasil. Estava tocando um tambor, não sei. E gritaram "corre, corre". Começamos a correr. Quando voltei meu pai estava no chão e estavam batendo nele, roubando a bolsa de minha mãe - relatou: - Isso não pode ser assim. Não houve provocação, não houve nada. Está gravado. Todos temos vídeos, evidências do que está ocorrendo. É humilhante, é triste que a segurança no Brasil não preveja este tipo de coisa. Obviamente é uma final, obviamente há paixão, mas os criminosos eles têm que prender. Não agarraram uma pessoa.
Já o tratamento dispensado aos torcedores do Boca que se encontram na cidade é bem diferente, diz este torcedor. Nesta quinta, houve relatos de conflitos entre argentinos e tricolores. A polícia utilizou gás de pimenta para interromper a confusão e deteve dois xeneizes. A justificativa foi que um deles atirou garrafas contra os policiais e o outro cometeu injúria racial.
- Eu vi como (os bandidos) lhe acertaram na cara e nas costas (de seu pai). E a mim também por tentar ajudá-lo. Isso é futebol? É o que querem, Conmebol? É o que buscam? Já o tem. Mandem a segurança ajudar a gente e não disparar contra quem não fez nada. Assim é o Brasil, assim tratam a gente. E, bom, que assim os tratem na Argentina... Bom, isso não ocorre. Seja como estiver o país, como estiver a Argentina, nunca vão tratar assim as pessoas. Sempre são bem cuidados, e não pode ser possível o que está acontecendo.
-
Mais lidas
-
1MACEIÓ
Movimento azul marca reta final antes das eleições na Uncisal
-
2ESPORTE
ASA empata com Manauara e garante vaga nas quartas de final da Série D
-
3TRAGÉDIA
Morre sexta vítima de acidente na AL-130, em Ouro Branco
-
4NO HOSPITAL DA CIDADE
JHC e Marina Candia escolhem primeiro hospital público de Maceió para o nascimento do segundo filho
-
5OBITUÁRIO
Morre o palmeirense Duda Rodrigues aos 61 anos