Internacional
'MM': Mensagem encontrada em computador de suspeito pode concluir 'quebra-cabeça' do caso Madeleine McCann, diz procurador
Crime aconteceu em maio de 2007 e deu origem a uma campanha internacional de buscas, em que as fotos da menina, de olhos claros e cabelos castanhos, rodaram o mundo, e a séries e publicações dramáticas
Uma troca de mensagens entre o principal suspeito de sequestrar e matar Madeleine McCann com um pedófilo pode ser peça vital para a conclusão do "grande quebra-cabeça" do caso, de acordo com o chefe da investigação. A criança de 3 anos desapareceu em 2007 enquanto passava férias com a família em Algarve, Portugal. Em entrevista ao BBC Panorama, o procurador alemão Hans Christian Wolters afirmou que o diálogo foi encontrado num computador de Christian Brueckner.
Nas mensagens, Brueckner fala do desejo de sequestrar e matar uma menina – e "documentar isso". Depois, menciona a intenção de "destruir provas". O interlocutor responde: "mm". A polícia apura se o texto se refere às iniciais de Madeleine McCann.
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— Pode ser uma dica. Claro, é importante para nós. Pode ser uma peça para o grande quebra-cabeça — afirmou Hans Christian Wolters à BBC.
O caso permanece em aberto. Ainda em 2007, poucos meses depois do desaparecimento de Madeleine, a polícia portuguesa classificou Kate e Gerry McCann como "arguidos" (suspeitos) na investigação. Os dois chegaram a ser interrogados por agentes, que lançavam dúvidas sobre uma possível participação do casal no rapto e na ocultação do corpo da criança.
Segundo a BBC, Kate McCann revelou ter recebido a oferta de um acordo para admitir envolvimento na morte da filha em troca de uma redução na sentença. O casal deixou de ser oficialmente considerado suspeito em 2008, mas permaneceu na mira de agentes portugueses anos depois disso.
A polícia de Portugal pediu desculpas aos pais de Madeleine McCann pela condução da investigação, informou a BBC. Uma comitiva da cúpula da instituição viajou de Lisboa a Londres para se reunir com Kate e Gerry McCann e se retratar oficialmente pela forma como a família foi tratada após o sumiço da criança. Após a divulgação do pedido de desculpas, a polícia emitiu um comunicado em que confirma a reunião com os McCann, mas nega a retratação.
Na viagem à Londres, a comitiva atualizou a família sobre o andamento do caso. Os agentes portugueses endossaram as investigações das autoridades alemãs, que apontam Christian Brueckner, cidadão alemão de 46 anos, como principal suspeito. Ele nega. As autoridades alemãs esperam concluir a apuração no próximo ano, segundo a BBC.
Testemunha-chave falou pela 1ª vez
Um ex-amigo de Christian Brueckner, o principal suspeito no caso Madeleine McCann, afirmou que revelou informações cruciais à polícia de Londres em 2008, mas foi ignorado. A criança foi vista pela última vez na Praia da Luz, no Algarve, aos 3 anos de idade, quando passava as férias com a família em 2007, em Portugal.
Helge Busching explicou como ficou a saber do passado sombrio de Brueckner ao descobrir vídeos de abusos sexuais, segundo relatou o Daily Mail. Ele disse ainda que soube da verdadeira natureza de Brueckner muito antes do desaparecimento de McCann, depois de ter roubado alguns vídeos cassetes e uma arma da casa de Brueckner, juntamente com um cúmplice.
Helge deixou Portugal após o desaparecimento de Madeleine, mas ao jornal alemão Bild ele contou como se cruzou com Brueckner novamente em 2008, num festival de música em Espanha. Na altura Brueckner já tinha sido condenado por crimes sexuais.
O assunto do desaparecimento de Madeleine tinha surgido em conversa e Helge disse: "De qualquer forma, não entendo como a pequena poderia ter desaparecido sem deixar rasto".
Christian tinha bebido duas ou três cervejas e disse: "Ela não gritou".
“Eu pensei, ele sabe isto. Ele tem alguma coisa a ver com isto. Mas também notou que tinha percebido e depois saiu”, relata Helge.
Busching afirmou que procurou a sede da Polícia Metropolitana de Londres em 2008 através de uma linha direta dedicada a denúncias sobre o caso de Madeleine McCann.
"Liguei para a Scotland Yard em 2008. Para a linha direta da Maddie. Disse que conhecia alguém que poderia ter algo a ver com o caso e dei-lhes o nome. Mas não aconteceu nada. Nada! Nunca me ligaram de volta", disse.
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